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Bom divertimento!

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Quarto Brando: Unidade em Falha - Parte 9

Em algum momento fui levemente sedada. Tinha momentos que consegui ficar quase consciente, consegui perceber que andei de avião e carro, mas de resto pouco pude perceber. Até que acordei sobre uma grande cama num luxuoso quarto feminino com ricos detalhes de decoração.

Não ousei levantar, pois uma unidade normal não faria isso. Mas o quanto antes pudesse tentar uma fuga enquanto a minha mente estava livre de ordens seria melhor.

Acredito que fiquei mais de duas horas na atitude imóvel e olhar vazio de uma unidade, quando ouvi a porta sendo destrancada e aberta.

Vi quando a mulher parou ao lado da cama e olhou-me com curiosidade. Pouco depois tocou meus seios com a ponta dos dedos.

A mulher tinha algo entre quarenta e cinquenta anos, cabelos escuros e seu rosto bastante esticado indicava que já tinha passado por várias plásticas. Usava um luxuoso vestido com peles de animais expostas. Examinou-me um pouco mais e depois falou:

--- O que você sabe fazer de bom?

A mulher falou um português carregado com algum sotaque que não pude identificar. A resposta requeria raciocínio para ser respondida. Eu não sabia como uma unidade padrão responderia, então dei a minha resposta:

--- Aguardo suas ordens senhora.

A mulher deu uma risada alta e depois falou com uma voz ainda mais alta:

--- Tire suas roupas para eu te ver.

Levantei-me devagar e perdendo um pouco o equilíbrio. Eu estava usando uma delicada camisola rosa que fui tirando aos poucos e logo fiquei imóvel com o meu corpo todo exposto. Visivelmente aquela mulher nunca tinha lidado com uma unidade.

A mulher deu uma volta em torno de mim e parou em minha frente. Ela era uma mulher grande, um pouco mais alta que eu e de estatura mais cheia e musculosa. Com desconfiança perguntou:

--- Você faz tudo o que eu mando.

--- Sim.

Era visível o olhar de satisfação da mulher. Ela ou outra pessoa deveria ter me escolhido durante o desfile. Eu devia ser seu novo brinquedo.

--- Então eu quero que você me faça gozar!

A repulsa que eu já sentia por aquela mulher transformou-se imediatamente numa forte atração. Meu corpo entrou em modo automático, eu queria aquela mulher.

A minha dona sentou-se na cama e levantou seu vestido, expondo uma grande vagina peluda. Abracei suas pernas com desejo e passei a explorar com a língua cada parte de sua vagina como se minha vida dependesse disso.

A mulher teve orgasmos múltiplos e afastei-me apenas quando ela mandou. Senti muito nojo das sobras de líquido vaginal no meu rosto, mas não ousei limpar. A atração que eu sentia já tinha desaparecido.

Minha senhora mostrava um sorriso de satisfação e orgulho. Estava visivelmente cansada. Arrumando o vestido falou:

--- O manual disse que tenho que mandar você comer, fazer higiene e tudo o mais, senão você morrerá de fome, é isso?

--- Sim.

Com visível contrariedade a mulher falou:

--- Vou ter que arrumar uma baba para você. Fique aqui no quarto que mando alguém te trazer algo para comer.

Uma vez sozinha fui até o banheiro e limpei meu rosto com vontade. Eu não tinha como saber se tudo estava sendo vigiado por câmeras, mas talvez a mulher aceitasse isso como um procedimento comum.

Após minha higiene retornei para a cama e deixei que o modo automático assumisse, para isso bastava limpar os pensamentos e permanecer imóvel.

Fui tirada do automático quando alguém abriu a porta. Uma garota nova pequena, devia ter uns 18 anos, entrou no quarto segurando uma bandeja. Ela vestia um uniforme de empregada curto e com grande decote, que deixava a maioria do seu corpo exposta.

A garota exibiu um sorriso angelical, pediu educadamente licença ao entrar e falou:

--- Madame Jocasta pediu que eu lhe trouxesse uma refeição.

Ela arrumou sem pressa uma pequena mesa e olhou com estranheza eu estar nua em minha posição imóvel. Parecia estar com receio ou medo de mim. Depois de um tempo perguntou:

--- Qual é o seu nome?

--- Unidade 96.

--- A senhora me disse que você só obedece ordens, é um tipo de robô. Vou te chamar de 96. Eles te trouxeram hoje cedo, eu vi quando chegou. Madame disse que era para eu te mandar comer, mas não gosto de mandar em ninguém. Meu nome é Priscila.

A garota ganhou a minha simpatia, era uma pessoa simples. Ela devia estar esperando alguma reação minha. Na prática eu poderia conversar ou ir comer, mas não queria me arriscar sem necessidade. Na ausência de qualquer reação minha ela disse:

--- Pode se vestir e ir comer.

No geral a minha mente interpreta o “pode” como “deve” e aceita como uma ordem. Isso ocorreu nessa situação e sem falar nada me levantei e fui pegar a minha camisola, para sentar a mesa vestida.

Priscila aguardou, assistindo as minhas atitudes em silêncio. Mas ela queria conversar e perguntou:

--- Onde você vivia antes?

--- No Complexo.

--- Eu morava no interior, tinha oito irmãos, meu pai vendeu-me para o Senhor Nunk e a Madame Jocasta a muitos anos atrás. Eu sirvo eles aqui desde então. Você foi vendida pelo seu pai?

--- Não sei.

Eu não estava acostumada aquela comida e estranhei muito os sabores diferentes. Experimentei um pouco de cada prato, alguns gostei, outros não. Não me lembrava de se algum dia já experimentara tantos sabores diferentes. Em um pequeno copo estavam os muitos remédios diários que eu estava acostumada a tomar.

--- Vou deixá-la comer em paz, depois venho pegar a bandeja.

Eu fiquei sozinha e a porta não estava trancada. Tentei lutar contra a minha mente, me convencer que eu podia sair.

Com o maior esforço a minha mente ficava cada vez confusa, consegui dar alguns passos para a porta, mas minhas pernas começaram a tremer. Por alguns segundos eu esqueci aonde pretendia ir e o que queria fazer, só conseguia pensar que tinha que ficar no quarto, até que desisti e cai no chão sem forças. Não era possível desobedecer uma ordem direta, mais uma vez eu tentei e comprovei o fato.

Triste retornei para a mesa e continuei minha refeição em silêncio, me perdendo novamente em modo automático.

Continua...

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