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terça-feira, 28 de maio de 2013

Animal de Estimação - Parte 5

Já fazia mais de um mês que Jennifer e Amanda assumiram a sua união e passaram a viver no sítio dos pais de Jennifer. Jennifer havia terminado com seu namorado de quase um ano de relacionamento.

Amanda é uma bissexual assumida e já teve alguns relacionamentos com mulheres e homens, mas Jennifer sempre foi uma heterossexual convicta. Já Amanda sempre se dedicou bastante ao seu lado profissional e tinha uma carreira ascendente, largou tudo, enquanto que Jennifer, filha de pais ricos, nunca se importou com trabalho e nem gostava muito do sítio.

Com esses perfis tão contraditórios o casal pegou a todos de surpresa quando assumiu uma relação e depois praticamente se isolaram passando a viver no sítio.

Elas me ligaram e fui convidada para uma visita, juntamente com outras amigas, aproveitando o feriado de quatro dias. Fiz universidade com Amanda, depois da formatura continuamos amigas e através dela conheci Jennifer, com quem tenho menos contato. Amanda foi quem me arrumou meu emprego atual.

O percurso de estradas foi tranquilo e com o mapa feito por elas e a ajuda do GPS consegui chegar no local.

Eu sou preferencialmente urbana e meu limite de permanência num local tão isolado é de alguns dias. Somente o convite de uma amiga querida me traria aquele local.

Com poucos erros acabei encontrando o lugar e fiquei impressionada pela bela casa com uma boa piscina. O tempo estava quente, mas Amanda me recepcionou com roupas compridas e formais. Com alegria falou:

--- Seja bem-vinda a nossa casa. Estamos muito contentes em recebê-la.

Eu percebi que algo estava diferente em Amanda, mas difícil dizer exatamente o que. A vida longe da correria do trabalho devia estar mudando-a. A Amanda a minha frente estava mais séria que o habitual e parecia também mais irritada.

Ela mostrou-me parte da propriedade. A casa era bastante grande e com várias as opções de lazer.

Por último entramos na casa onde encontramos Jennifer. A mesma também trajava roupas compridas, destoando do clima quente do lugar. Imaginei que uma coisa é estar passeando num sítio e outra estar vivendo o seu dia a dia nele. Jennifer disse receptiva:

--- Que bom que você chegou, ainda estamos esperando outras pessoas, você foi a primeira. Aceita um suco ou uma cerveja?

Aceitei de bom grado uma cerveja gelada. Jennifer voltou para a cozinha e fiquei conversando na sala com Amanda. Eu queria ir para a piscina, mas precisava ser educada.

Reparei que por toda a sala existia um tipo diferente de enfeite, uma espécie de casco ou pedra verde escura de formato levemente hexagonal de diferentes tamanhos. Peguei uma dessas pedras na mesinha que estava ao meu lado e com raiva percebi que havia sujado a minha mão.

Logo outras amigas chegaram em mais dois carros. Éramos em quatro visitantes, dessas duas eram amigas de Jennifer que eu não conhecia.

As conversas entre nós quatro se tornaram amigáveis e divertidas, mas senti certo isolamento de Amanda e Jennifer em relação a nós. Imaginei que a vida como anfitriãs e mais complicada que a de convidados. Só nós usamos a piscina, nossas anfitriãs preferiam continuar com suas roupas compridas e conversando pouco.

Durante o jantar percebi mais mãos sujas. Tentei limpar mais de uma vez a mancha que parecia um musgo de minha mão sem sucesso. Comentei o fato e todas concordaram. A única mão limpa permaneceu com Julia, amiga de Jennifer, que não tinha pegado na mão as estranhas pedras que decoravam vários lugares da casa e fora dela. Amanda explicou:

--- Essas rochas existem aqui na propriedade e está sendo estudadas suas propriedades místicas e curativas.

Eu não acreditava em pedras com propriedades sobrenaturais e não dei muita atenção a história. Me chamou a atenção para o fato que Amanda era ainda mais incrédula que eu sobre esse tipo de história, mas preferi não comentar sobre isso.

Continua...

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