Eu não conhecia aquelas ruas e andei aleatoriamente, tomando cuidado para seguir uma linha reta e procurando andar sempre na escuridão. As ruas estavam completamente desertas, não deveria ser hábito daquela comunidade simples caminhar durante a noite.
Andei umas seis quadras e me senti exausta. Aproveitei o breu e sentei-me no chão, ficando numa posição que me era mais confortável.
Dei um cochilo rápido e despertei com um cachorro ao meu lado que reconheci ser um macho. Assustada levantei-me para a posição ereta a procura de ver alguém, mas apenas estava lá o cachorro que começou a lamber as minhas pernas.
Eu sempre pude diferenciar com facilidade as pessoas os cachorros, mas isso era uma tarefa bastante simples já que cachorros andam de quatro e sem roupas e pessoas andam eretas e com roupas. Mas de alguma forma aquele cachorro sabia que eu era uma cadela, mesmo estando vestida e em pé.
A lubrificação começou a correr imediatamente pelas minhas pernas e dei alguns passos afastando-me do cachorro.
O cachorro veio atrás, mostrando as reações esperadas, mas impróprias para aquele momento. Eu temia que algum barulho me entregasse, mas o animal me seguia em relativo silêncio, mas tentando segurar as minhas pernas sempre que podia.
Eu conseguia andar mais rápida que ele. A estrutura humana adaptada para andar em duas pernas se torna menos funcional convertida para quatro pernas. Mas eu estava me cansando muito e após uma quadra acabei caindo ao chão num momento que o cachorro segurou minhas pernas.
No chão ele era muito mais forte do que eu e começou a tentar uma penetração, atrapalhada pelo vestido.
Os rosnados do cachorro em sua frustração aumentaram e com isso o risco de alguém ouvir algo e resolver dar uma olhada. Eu precisava encerrar aquilo rapidamente e subindo o vestido coloquei-me de quatro e facilitei ao máximo a penetração.
Segurei os meus gemidos o quanto pude e logo a ação terminou. Minhas mãos e meus joelhos sangravam por estarem sem proteção e com atrito direto junto ao chão de pedra.
Arrumei meu vestido e procurei sair logo dali, seguida pelo cachorro em silêncio e felizmente sem tentar me atrapalhar. Talvez estivesse curioso por eu estar andando de roupas e em pé.
Andei por mais quadras com meu novo amigo me seguindo de perto. Quando tive impressão que as casas estavam diminuindo e a cidade terminando muitos novos complexos de casas surgiam. A cidade que eu conhecia era formada praticamente de apenas casas. Percebi que talvez andasse a noite inteira e não saísse da cidade. Precisava achar um abrigo em algum momento, ou seria facilmente capturada nas ruas. O cachorro me identificou facilmente, não sabia como seria com as pessoas.
Encontrei um complexo de casas em começo de construção. As paredes e os telhados estavam levantados, mas sem nenhum tipo de acabamento.
Procurei a casa mais isolada que pude e me ajeitei com o cachorro num suposto quarto. Com o cansaço adormeci rapidamente.
Acordei com o cachorro lambendo a minha bunda e afastei-o rapidamente. Eu não podia deixar o meu corpo começar a querer sexo e preparar para a lubrificação ou seria complicado para segurar o cachorro.
Ficando em pé comecei a dar umas broncas no cachorro, suficiente para ele ficar quieto. Existiam os barulhos normais do dia e minha bronca não chamaria a atenção em meio de tantos outros sons.
Olhei a rua de uma janela com discrição e não vi ninguém. Aguardei minutos antes de ver o primeiro pedestre levando um cachorro para passear e mais minutos para ver o primeiro carro. Aquela não devia ser uma região de muito trânsito.
Lembrei-me que deveria estar tomando uma nova injeção naquele momento ou um pouco mais tarde e fiquei com fome. Comi um pouco de ração e dei outro pouco para o meu novo amigo. Eu tinha o suficiente para alguns dias. Naquele momento um alarme sobre meu desaparecimento poderia estar acontecendo e era questão de tempo antes deles deduzirem que eu estava raciocinando e fugindo.
Continua...
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