A última coisa que me lembrava é de ter chegado a minha casa. A lembrança seguinte, apenas dor. Algo incômodo prendia as minhas penas e as minhas costas, mas não conseguia identificar exatamente o que era.
Lembrava de ter acordado antes, talvez mais de uma vez, estava difícil lembrar. Arrisquei uma abertura rápida dos olhos, o local era fracamente iluminado e havia outras pessoas. Alguma estrutura presa as minhas costas e pernas estava me machucando e uma luva deixava as minhas mãos quentes. Algo estava preso em torno do meu pescoço. Eu estava num chão escuro de piso frio vestindo uma roupa justa no tronco e sem calças.
Fiquei imóvel e pude ouvir ruídos, mas não podia identificar claramente. Alguém ao meu lado permaneceu parado. Tentei chamá-lo, mas uma dor incômoda na garganta impediu a minha voz de sair. Uma nova tentativa provocou ainda mais dor.
Eu já me sentia mais forte e arrisquei tentar levantar. A estrutura presa ao meu corpo não me deixou levantar, no máximo consegui ficar com braços e pernas no chão. Tentar levantar mais que isso machucava de forma bastante dolorida as minhas costas e minhas pernas.
Arrisquei alguns passos engatinhando com facilidade. Luvas grossas protegiam as minhas mãos e percebi que usava uma espécie de protetor de joelhos. Percebi que outras pessoas também se encontravam em situação similar a minha.
Olhando outras pessoas percebi mais sobre a estranha estrutura presa a mim. Parecia ser formado de algum metal ou plástico duro preso as costas, cintura e descendo pelas pernas, pressionando alguns pontos e não permitindo ficar fora da posição prevista.
Eu podia ouvir choros e alguns gemidos, aparentemente todos estavam impossibilitados de falar.
Luzes mais fortes se acenderam e uma voz grossa falou por um sistema de alto falantes:
--- Vocês têm cinco minutos para estarem conscientes e levantados. Será considerado descartável qualquer um fora dessa situação.
Com as luzes claras pude perceber que quase todos já estavam levantados e em posição de quatro. Alguns trataram de balançar quem ainda se encontrava deitado. Difícil dizer em quantos estávamos lá, mas acredito que mais de cinquenta. Todos éramos homens e estávamos trajando uma roupa apertada cor de pele no tronco, sem calças, com uma coleira no pescoço e usando a estranha estrutura. Fora isso éramos formados de aparências variadas.
Uma porta abriu deixando entrar luz natural e um homem bastante forte mandou que saíssemos. Muitos gemidos puderam ser ouvidos ao mesmo tempo, mas ninguém chegou realmente a falar. Outro homem igualmente grande juntou-se ao primeiro.
Ao ver muitas tentativas de comunicação e poucos seguindo as ordens os homens passaram a desferir chicotadas em todos que aceleraram para a porta. Felizmente consegui sair sem tomar nenhuma chicotada.
Estava quente e ensolarado fora da grande sala e saímos num local amplo, cercado por um muro alto. Um homem e uma mulher bem vestidos observavam nosso deslocamento, mas estranhei muito que ao lado deles uma mulher nua com uma coleira estava deitada a seus pés. Ela usava luvas e protetores de joelho, mas não tinha a mesma estrutura que nós.
Aproximei-me um pouco com curiosidade, mas preferi manter uma certa distância. Tinha certeza de ver a mulher abaixada lamber os braços como um cachorro.
Os homens fortes mandaram todos ficaram quietos e deram algumas chicotadas a esmo. Com o silêncio que ficou o homem bem vestido disse:
--- Vou falar apenas uma vez. Vocês perceberão que quem não obedecer é descartado. Temos machos demais e precisamos de mais fêmeas, então quem quer continuar como macho que vença o cabo de guerra.
Os homens grandes começaram a nos levar aos poucos prendendo uma vara numa argola em nossas coleiras. Quando me pegaram me arrastaram com brutalidade por um corredor até uma grande sala fechada onde muitos já estavam.
Fui preso ao chão pela coleira do mesmo modo que todos que lá estavam em uma grande fila, com um cabo metálico saindo de uma parede também preso a coleira. Na parede estavam umas espécies de cabines.
Ainda levou algum tempo e pude ver que outros ainda foram presos. Mas logo soou uma companhia e ao mesmo tempo as coleiras foram liberadas do chão.
A pessoa ao meu lado tomou uma grande queda quando o cabo preso a sua coleira puxou violentamente para trás. Estávamos a alguns metros da parede e rapidamente a pessoa foi arrastada até que parou na cabine.
Não tive muito tempo para pensar e senti o puxão violento que me deixou sem fôlego. Tentei reagir, mas comecei a ser arrastado para a parede. Em desespero reparei alguns puxando e se afastando da parede e outros sendo arrastados para ela.
A cabine era feita para o nosso encaixe quando o cabo terminou. A coleira e a minha estrutura me prenderam fortemente e senti picadas sendo feitas na minha bunda.
Não sei por quanto tempo a dor e as picadas duraram, mas para mim pareceu uma eternidade. Fui solto da cabine e quase cai no chão. Os homens grandes já estavam passando soltando os ganchos das coleiras.
Com horror reparei no meu amigo do lado que também ficou preso a cabine que estava com uma nova tatuagem no lado esquerdo da bunda: uma tatuagem com um coração vermelho e um pouco de sangue respingado. Eu não podia enxergar a minha própria bunda, mas tive certeza que eu também tinha um.
Que lugar é esse?
Continua...
Lembrava de ter acordado antes, talvez mais de uma vez, estava difícil lembrar. Arrisquei uma abertura rápida dos olhos, o local era fracamente iluminado e havia outras pessoas. Alguma estrutura presa as minhas costas e pernas estava me machucando e uma luva deixava as minhas mãos quentes. Algo estava preso em torno do meu pescoço. Eu estava num chão escuro de piso frio vestindo uma roupa justa no tronco e sem calças.
Fiquei imóvel e pude ouvir ruídos, mas não podia identificar claramente. Alguém ao meu lado permaneceu parado. Tentei chamá-lo, mas uma dor incômoda na garganta impediu a minha voz de sair. Uma nova tentativa provocou ainda mais dor.
Eu já me sentia mais forte e arrisquei tentar levantar. A estrutura presa ao meu corpo não me deixou levantar, no máximo consegui ficar com braços e pernas no chão. Tentar levantar mais que isso machucava de forma bastante dolorida as minhas costas e minhas pernas.
Arrisquei alguns passos engatinhando com facilidade. Luvas grossas protegiam as minhas mãos e percebi que usava uma espécie de protetor de joelhos. Percebi que outras pessoas também se encontravam em situação similar a minha.
Olhando outras pessoas percebi mais sobre a estranha estrutura presa a mim. Parecia ser formado de algum metal ou plástico duro preso as costas, cintura e descendo pelas pernas, pressionando alguns pontos e não permitindo ficar fora da posição prevista.
Eu podia ouvir choros e alguns gemidos, aparentemente todos estavam impossibilitados de falar.
Luzes mais fortes se acenderam e uma voz grossa falou por um sistema de alto falantes:
--- Vocês têm cinco minutos para estarem conscientes e levantados. Será considerado descartável qualquer um fora dessa situação.
Com as luzes claras pude perceber que quase todos já estavam levantados e em posição de quatro. Alguns trataram de balançar quem ainda se encontrava deitado. Difícil dizer em quantos estávamos lá, mas acredito que mais de cinquenta. Todos éramos homens e estávamos trajando uma roupa apertada cor de pele no tronco, sem calças, com uma coleira no pescoço e usando a estranha estrutura. Fora isso éramos formados de aparências variadas.
Uma porta abriu deixando entrar luz natural e um homem bastante forte mandou que saíssemos. Muitos gemidos puderam ser ouvidos ao mesmo tempo, mas ninguém chegou realmente a falar. Outro homem igualmente grande juntou-se ao primeiro.
Ao ver muitas tentativas de comunicação e poucos seguindo as ordens os homens passaram a desferir chicotadas em todos que aceleraram para a porta. Felizmente consegui sair sem tomar nenhuma chicotada.
Estava quente e ensolarado fora da grande sala e saímos num local amplo, cercado por um muro alto. Um homem e uma mulher bem vestidos observavam nosso deslocamento, mas estranhei muito que ao lado deles uma mulher nua com uma coleira estava deitada a seus pés. Ela usava luvas e protetores de joelho, mas não tinha a mesma estrutura que nós.
Aproximei-me um pouco com curiosidade, mas preferi manter uma certa distância. Tinha certeza de ver a mulher abaixada lamber os braços como um cachorro.
Os homens fortes mandaram todos ficaram quietos e deram algumas chicotadas a esmo. Com o silêncio que ficou o homem bem vestido disse:
--- Vou falar apenas uma vez. Vocês perceberão que quem não obedecer é descartado. Temos machos demais e precisamos de mais fêmeas, então quem quer continuar como macho que vença o cabo de guerra.
Os homens grandes começaram a nos levar aos poucos prendendo uma vara numa argola em nossas coleiras. Quando me pegaram me arrastaram com brutalidade por um corredor até uma grande sala fechada onde muitos já estavam.
Fui preso ao chão pela coleira do mesmo modo que todos que lá estavam em uma grande fila, com um cabo metálico saindo de uma parede também preso a coleira. Na parede estavam umas espécies de cabines.
Ainda levou algum tempo e pude ver que outros ainda foram presos. Mas logo soou uma companhia e ao mesmo tempo as coleiras foram liberadas do chão.
A pessoa ao meu lado tomou uma grande queda quando o cabo preso a sua coleira puxou violentamente para trás. Estávamos a alguns metros da parede e rapidamente a pessoa foi arrastada até que parou na cabine.
Não tive muito tempo para pensar e senti o puxão violento que me deixou sem fôlego. Tentei reagir, mas comecei a ser arrastado para a parede. Em desespero reparei alguns puxando e se afastando da parede e outros sendo arrastados para ela.
A cabine era feita para o nosso encaixe quando o cabo terminou. A coleira e a minha estrutura me prenderam fortemente e senti picadas sendo feitas na minha bunda.
Não sei por quanto tempo a dor e as picadas duraram, mas para mim pareceu uma eternidade. Fui solto da cabine e quase cai no chão. Os homens grandes já estavam passando soltando os ganchos das coleiras.
Com horror reparei no meu amigo do lado que também ficou preso a cabine que estava com uma nova tatuagem no lado esquerdo da bunda: uma tatuagem com um coração vermelho e um pouco de sangue respingado. Eu não podia enxergar a minha própria bunda, mas tive certeza que eu também tinha um.
Que lugar é esse?
Continua...

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