Alguns conteúdos presentes no blog abrangem temas que podem ser ofensivos para alguns. Prossiga por sua conta e risco.

Bom divertimento!

terça-feira, 16 de abril de 2013

Quarto Branco: Unidade em Falha - Parte 1

Eu estava confuso por um momento, como o acordar de um pesadelo. Em um segundo tudo estava na mais perfeita ordem e depois eu sentia que nada mais fazia sentido. Minha cabeça estava com leve dor.

Tentava me lembrar de quem eu era e como eu havia parado naquele lugar com aquelas pessoas. Éramos seis na sala, eu e outras cinco belas garotas, separados em dois luxuosos sofás de três lugares.

A sala não tinha muitos detalhes e sua única saída era uma porta branca, não existia nenhuma janela.

As garotas vestiam roupas simples e que mostravam muito do corpo. Pareciam apáticas, um olhar vazio para a frente, meus olhares de curiosidade não as incomodaram ou provocaram qualquer reação diferente.

Com muita perplexidade percebi que minhas roupas eram como a das garotas e que eu tinha seios femininos, dois volumosos seios femininos. Com rapidez apalpei meu pinto para senti-lo em seu devido lugar. Meus cabelos também estavam compridos e foi impossível não perceber meus braços e pernas totalmente lisos e depilados.

Toquei meus seios e pude sentir que eram realmente meus e bastante sensíveis ao toque. Isso significava que eu havia passado por uma cirurgia e que já estava lá a algum tempo, pois eu tinha certeza que era um homem.

Temendo levantar e chamar a atenção de alguém perguntei em voz baixa a ruiva que estava ao meu lado direito:

--- Onde estamos?

A minha voz estava bastante diferente, terrivelmente feminina e muito bonita. Alguém havia trabalhado muito no meu corpo. A garota respondeu com voz impessoal e me olhando brevemente:

--- Estamos na sala de descanso.

A resposta pouco me ajudou e tive dúvidas se tiraria respostas muito detalhadas daquelas mulheres que mais pareciam bonecas inanimadas. Mas eu precisava descobrir mais antes de tentar sair da sala. Então perguntei:

--- A quanto tempo estamos aqui?

A garota respondeu imediatamente sem virar a cabeça:

--- Não sei.

Resolvi tentar a outra garota ao meu lado esquerdo. Quem sabe eu teria mais sucesso. Resolvi começar com uma pergunta mais simples e falei sussurrando:

--- Qual é o seu nome?

--- Unidade 102.

A resposta deixou-me curioso e me preparou para a pergunta seguinte:

--- Qual é o meu nome?

--- Unidade 96.

Tentei lembrar-me de algo baseado nas respostas, qualquer lembrança seria útil, mas foi em vão. Minha única convicção é que sou um homem, mas meus seios e pele lisa estavam lá para desafiar parcialmente essa afirmação. Continuei com as perguntas:

--- O que tem depois da porta?

--- Corredor de acesso.

A garota continuou com o seu olhar distante e parecia nem perceber nada a sua volta, como todas as outras. Era lógico imaginar que a algum tempo atrás minha postura devia ser a mesma.

Imaginei que a qualquer momento uma equipe poderia entrar pela porta e levar-me para algum outro lugar. Eu claramente devia ter sofrido alguma pane ou algo assim, mas sentia-me estranhamente bastante calmo.

Não acreditava que poderia passar despercebido por muito tempo. Aquelas garotas e eu tínhamos alguma função e em algum momento perceberiam que eu estava diferente ou alguma reação minha seria diferente do esperado.

Levantei-me com calma e dei alguns passos na sala. Eu estava mais magro do que me lembrava. Estávamos usando um chinelo com um salto que incomodou meu equilíbrio num primeiro momento.

Pude olhar melhor para as garotas e para o meu corpo modicado. Eu realmente não podia ter certeza se elas eram realmente do sexo feminino ou alteradas como eu. Lamentei não ter um espelho.

Voltando-me para a ruiva falei:

--- Você sabe sair daqui?

--- Sim.

A resposta pouco foi útil. A garota tanto poderia apenas saber passar pela porta como sair do local inteiro que eu nada sabia o tamanho.

As garotas tinham sido colaborativas até aquele instante e resolvi abusar mais e mandei:

--- Leve-me até a saída.

A garota pareceu acordar de um sonho, seu olhar tornou-se mais conciente e com delicadeza ela levantou-se e caminhou para a porta.

Com medo segui-a de perto, tentando imitar seus gestos e movimentos. Eu não sabia por quanto tempo eu passaria despercebido. Mas precisava tentar deixar aquele lugar.

Continua...

Nenhum comentário:

Postar um comentário