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quarta-feira, 24 de julho de 2013

O Canil - Parte 7

A minha nova dona ficava pouco em casa e passava longos períodos fora. Aos poucos o medo absurdo que eu sentia na minha antiga dona desapareceu e eu me sentia mais confiante.

Diariamente eu acabava sendo pega por pelo menos um dos cachorros, as vezes por todos. O cachorro real tinha bem menos apetite sexual que os dois humanos.

Nós pouco entrávamos dentro da casa, mas em uma das oportunidades consegui olhar o calendário e me surpreendeu quando percebi que já estava a uns três meses na residência de minha nova dona.

Meus planos de fuga estavam mais avançados. Eu sabia razoavelmente os horários de minha dona e a coragem para tal ato estava presente. O que atapalhava é o meu desconhecimento da cidade, mas usando roupas eu me passaria como uma pessoa.

Eu estava para colocar o plano de fuga em prática quando minha dona me colocou a guia e levou-me para o seu carro. Eu pensei em enfrentá-la, talvez matá-la, e depois fugir, mas um medo absurdo surgia sempre que eu pensava isso.

Reconheci quando ela me levou para a casa da minha antiga dona. Uma felicidade absurda tomou conta de mim, ao relembrar de Sofia e mesmo do Adolf.

Ganhei muitos afagos de minha antiga dona, que me levou para o quintal dos fundos. No caminho pude ver Sofie, que já carregava um grande barrigão de sua gestação. Apenas cruzei com aquele cachorro macho que foi levado embora pela minha dona. Com entusiamo desejei que a troca estivesse sendo desfeita.

Naquele dia ganhei muitos carinhos de minha antiga dona que parecia ter voltada a ser minha dona atual. Também fiquei um pouco com Sofie que parecia feliz em minha companhia.

A noite caiu e voltei a pensar nos meus planos. Uma fuga era ainda mais fácil naquela casa, mas temi que meu medo absurdo retornasse. Eu tinha quase certeza que grande parte dos meus sentimentos estão ligados a minha injeção diária, que tomei logo que cheguei ao meu antigo lar. A minha dona atual me queria mais dócil e submisso, isso aumentava o meu medo, já a outra dona me queria de outro modo, não sei exatamente como. Eu precisava sair antes que o medo se tornasse incontrolável novamente.

Todos na casa dormiam. Eu estava dormindo no quintal. Levantei para minha posição ereta e entrei na casa. A porta não ficava trancada.

Eu sabia onde ficava um quarto de vestir da minha dona e foi para lá que eu fui. A posição em pé era bastante cansativa, mas não haveria tempo para descanso.

Vesti um vestido longo que me deu menos trabalho e calcei sapatos simples baixos. Com a boca consegui desamarrar as minhas luvas e coloquei-as numa sacola junto com os protetores dos joelhos e o máximo de ração que pude pegar. Não arrisquei mexer na pequena estrutura que ficava em minha cintura. Dei uma olhada rápida para Sofie adormecida e decidi deixar logo a casa. Queria poder levá-la comigo, mas poderia colocar em risco o seu bebê.

Com cautela deixei a casa. A rua tinha uma iluminação fraca e felizmente não cruzei com ninguém. Eu poderia pegar o carro, mas não sabia se conseguiria dirigí-lo e o barulho do motor me denunciaria imediatamente. Seria melhor tentar fugir a pé.

Continua...

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