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Bom divertimento!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Criação de Animais - Parte 10 - Nova

Eu estava cochilando quando o ruído carrinho de comida me despertou. Eu pude sentir o seu cheiro, apesar de estar fora do meu campo de visão.

Eu gosto de receber a minha comida. Acho que é único prazer que me restou. Eu tento adivinhar o que seria servido pelo cheiro. As vezes não consigo lembrar o nome do que estão me servindo, mas posso recordar bem seus cheiros e seus sabores.

Estou ansiosa pela minha comida e pela visão da minha carcereira. Seu olhar calmo e generoso me deixa feliz. Queria ter mais tempo em sua companhia.

Já faz algum tempo que não uso minhas roupas. Elas se tornaram velhas e mal cheirosas e não consigo mais usá-las.

Em solidão aprecio a degustação e os sabores do meu alimento. Me distraio com suas texturas e cores interessantes. Também gosto de relaxar ouvindo a música ambiente e os sons distantes.

Quero mais espaço e mais companhia, mas só me resta aguardar a próxima visita com o meu alimento.

***

O meu local de dormir foi removido numa noite enquanto eu dormia e uma cama mais baixa e confortável, com muitos panos gostosos, foi deixada no lugar. Também o local de minhas necessidades mudou e ficou muito mais prático.

Eu tenho dor nas costas quando tento ficar na vertical, por isso prefiro permanecer ajoelhado e me movimentar engatinhando. Também acho mais confortável comer no chão que tentar ficar sentada.

Eu queria poder sair para correr e brincar. Aqui parece tão apertado.

Sinto que falta algo. Como se tivesse perdido algo e não consigo achar, mas também não consigo lembrar o que possa ser.

***

Acordei com alguém sentado ao meu lado: uma mulher. Meu primeiro sentimento é de medo, mas eu sinto que a conheço de algum lugar.

Ela toca a minha cabeça com delicadeza. A sensação é bastante agradável e seu toque muito prazeroso me excita.

Eu posso sentir seu delicioso cheiro, diferente da serviçal que tinha um odor menos agradável. A sua companhia me deixa bastante confortável.

Por instinto e involuntariamente lambi a sua mão com carinho. Eu queria sentir o gosto de sua pele e o ato me trouxe ainda mais conforto e e excitação.

Eu pude ouvir a sua voz e as suas palavras doces. É difícil entender muitas palavras em sequência e não consigo me concentrar para tentar entender.

Ela retira algo de sua bolsa e um livro cai sobre o piso. Posso ver as letras estampadas em sua capa, embora não possa compreendê-las.

A mulher trata rapidamente de guardá-lo, mas o objeto trás com força lembranças em minha mente. Uma gigantesca cascata de relacionamentos do meu passado ligado aos livros populam a minha mente.

A dor de cabeça insuportável explode quase me fazendo cair. Luto contra as minhas costas que parecem querer arrebentar e me levanto. A mulher está visivelmente surpresa. Com um esforço surreal falei:

--- O que… você fez comigo?

Tenho medo que a dor de cabeça me derrube. Preciso lutar contra ela para manter as lembranças dentro de mim. A cada segundo novas lembranças turbinam meus pensamentos.

A dor e náuseas me obrigam a abaixar novamente. Eu sei que aquela mulher alterou algo dentro de mim. Não estou com mais memória ou maior capacidade de concentração que antes, pelo contrário, tentar manter a minha consciência está sendo um trabalho bastante sofrido.

--- Você não deveria estar falando. Não sei como não está pronta para a adaptação.

Eu não sabia do que ela falava, mas tenho certeza que ela não está executando o plano combinado. Juntando forças ameacei:

--- A minha mãe vai querer saber o que você me fez.

A mulher sorriu e disse:

--- Ela sempre foi informada de sua evolução. Ela se cansou de suas teimosias rebelbes, mas não deseja você como uma nova escrava sexual. Ela pediu a sua transformação em uma escrava cadela.

A informação me chocou ao mesmo tempo que me deixou ainda mais em alerta. Os nossos desentendimentos e as nossas diferenças de opinião são históricas, mas nunca imaginei que minha mãe autorizaria a minha anulação.

A mulher abriu suas pernas. Sua saia sem calcinhas exibiu a sua vagina praticamente raspada. Eu não sou lésbica ou bissexual e nunca me interessei por uma xoxota alheia, mas aquela visão prendeu o meu olhar e me fascinou imediatamente. Eu conseguia sentir o cheiro exalado por aquele sexo.

Eu não consegui resistir. Eu preciso com todas as minhas forças sentir o seu sexo. Com ansiedade o meu rosto penetrou no meio de suas pernas.

Eu nunca fiz sexo oral em outra garota, mas de forma irresistível eu precisei lamber e sentir cada parte daquela xoxota.

A mulher se ajeitou melhor sobre a minha cama e eu pude explorar ainda mais a sua xoxota, até o ponto que a fiz gozar em uma explosão de gemidos e contrações. Saber que a mulher teve orgasmos, mesmo sem me tocar, me proporcionou uma série interminável de múltiplos orgasmos.

Ambas ficamos imóveis por algum tempo. Eu me sentia exausta, mas muito feliz. Logo senti a mulher se mover na cama e depois sua voz disse:

--- Madame Borgon, estou com a sua filha agora. Ela ainda mantém a sua memória, ou ao menos parte dela, intacta. Ela já passou todos os limites aqui, a prorrogação no tratamento poderá causar danos irreversíveis.

Levantei-me um pouco e olhei para a mulher com curiosidade. A lembrança de quem ela era e do que eu estava fazendo naquele lugar se tornou nítida. Madame Raison desligou o celular e me olhou com atenção. Levantou-se com calma e deixou o meu quarto, tomando cuidado de fechar o portão de ferro.

Voltei a me acomodar sobre a minha cama para relaxar mais e pensar sobre o que estava acontecendo. Quanto mais eu estava forçando os meus pensamentos mais pareceram que a dor de cabeça estava me deixando. As palavras que eu poderia sofrer dano permanente com o processo me amedrontaram.

***

Eu pude contar seis longos dias onde mantenho a minha mente em atividade o quanto posso. Entre outras coisas eu penso nos problemas tecnológicos que já enfrentei, analiso as soluções adotadas e reflito se foram as mais adequadas.

Improvisei roupas simples com os panos que tenho para cobrir as minhas partes íntimas. Eu tinha perdido qualquer senso de vergonha, mas a recuperação das minhas memórias recuperou também os pudores perdidos.

Eu não consigo ficar em posição ereta por muito tempo. De alguma forma meu organismo quer que eu fique na posição horizontal.

Não recebi mais visitas de Madame Raison, apenas da escrava entregadora de comida. Para evitar me sentir tão sozinha acabo falando sozinha como se estivesse com uma companhia amiga.

Eu estava perdida em pensamentos e me assustei quando percebi Madame Raison parada junto a grade. Com nervosismo falei:

--- Pronta para me libertar?

Ela demorou um pouco. Seu olhar indicava que ela se encontrava contrariada. Um momento depois respondeu:

--- Você precisa ceder ou eu não poderei ajudá-la. Você está mantendo uma alta atividade cerebral que está gerando uma resistência ao processo, mas não poderá manter isso para sempre.
Com firmeza falei:

--- Em algum momento você ou a minha mãe cederá. Ela não permitirá que eu sofra danos. Eu não vou virar uma cadela.

--- Eu não sei, sua mãe me confirmou hoje a continuação do seu tratamento. Para passar por suas barreiras terei que ordenar um aumento para níveis que nunca foram usados, sua mente não vai suportar. As dores de cabeça retornarão muito piores do que antes. Outros sintomas são imprevisíveis.

--- Como eu disse, não serei uma cadela.

Ela se calou por um momento demonstrando irritação. Depois disse:

--- Você já absorveu demais para imaginar retornar para a sua vida anterior. Tem dificuldades para permanecer em pé e não consegue resistir a uma vagina. Estar próxima de uma mulher basta para excitá-la. Se parar de resistir voltará rapidamente a situação de cadela e com o aumento de nível isso irá acontecer.
Com decisão falei:

--- Pode fritar a minha cabeça, mas eu não vou virar uma cadela estúpida.

Madame Raison expressou um olhar de tristeza. Eu teria ficado comovida, se ela não estivesse tentando me converter para uma escrava irracional.

Ela se retirou calmamente, ao mesmo tempo em que eu pude ouvir o ruído do carrinho de alimentação se aproximando.

Eu tomei uma decisão, espero aguentar as suas consequencias…

Continua…

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