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Bom divertimento!

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Mestre do Lar - Parte 12

Lembro-me de minha conversa com Roberta como se fosse ontem. Seus valiosos conselhos e informações mudaram a minha vida.

Eu travei uma luta constante e delicada com Mestre Amy por meses. Eu precisava demonstrar que seria mais válida com a minha mente permanecendo sã e com capacidade de iniciativa e decisões. Felizmente consegui vencer essa luta.

Faz apenas seis meses que compareci ao enterro de Roberta, encontrada morta em sua residência juntamente com seu Mestre. Seu atestado de óbito indicou falência múltipla de órgãos. Não foram realizados exames detalhados no Mestre.

Seu advogado me procurou alguns dias depois. Eu fiquei sabendo que herdei todos os seus bens, que incluíam a sua residência, inúmeros outros imóveis e fartas aplicações financeiras.

A minha primeira providência que tomei foi a venda da casa de Roberta. Eu sabia onde ela guardava os livros com informações sobre a nossa sociedade e foi um dos poucos objetos que tirei da casa.

Mestre Rufus e Roberta eram muito conhecidos na sociedade e por segurança achei melhor me distanciar em parte desse passado, mantendo o número da caixa postal e o número de celular conhecidos de membros da sociedade. Dessa forma eu estaria pronta a ajudar, papel que Roberta me delegou ainda em vida. Não sei se ela tinha desafetos, nunca falamos a respeito disso.

Em uma cidade pequena adquiri uma casa confortável e arrumei um emprego na administração de uma ong atuante na defesa dos animais. Uma fachada interessante para permanecer.

Eu estava agendando na internet algumas contas a serem pagas no banco e organizando o fluxo de caixa da empresa quando a secretária me avisou:

--- Tem uma tal de Elisa Brown querendo falar com você. Pediu explicitamente por você.

Tentei recordar do nome sem sucesso. Não me lembrava de uma serva com esse nome, mas alguém poderia ter trocado de nome em algum momento. Também poderia ser alguém pedindo ajuda para algum animal e passaram meu nome como referência, não seria a primeira vez. Sem mais reflexões falei:

--- Pode mandar entrar, obrigada.

Pouco depois a mulher jovem, alta e bem vestida entrou na sala e confirmei que nunca havia a conhecido pessoalmente. Cumprimentamos-nos formalmente e com educação perguntei:

--- Em que posso ajudá-la?

Ela começou a explicar a foi perceptível seu cuidado com as palavras:

--- Eu procurei uma pessoa chamada Roberta Alcântara Borges a pouco mais de quatro meses, mas descobri sobre seu falecimento e a quase imediata venda de sua casa. Uma outra pessoa, também falecida, Elisabeth Ramos Castro me passou o nome de Roberta e onde encontrá-la. Esses nomes lhe são familiares?

A minha visitante podia ser uma serva, mas eu não tinha como identificar. Não conseguia sentir a proximidade de um Mestre. Já Elisabeth, eu nunca encontrei pessoalmente, mas sabia que seu nome e algumas informações estavam no livro. Resolvi lidar com dados concretos e ser mais direta até descobrir mais sobre Elisa:

--- A Roberta foi como uma mãe para mim, tinha um carinho muito especial por ela, mas não éramos parentes de sangue, apenas amigas. Não conheço ou não me lembro dessa Elisabeth. Em que posso ajudá-la exatamente?

Elisa pareceu organizar seus pensamentos e começou a explicar:

--- Eu sou psiquiatra, especializada na dependência de pessoas em relação a seus animais de estimação, e também atuante em causas na defesa dos animais. A minha orientadora de mestrado trabalhava com uma paciente com um caso intrigante a qual eu tive acesso, a paciente era Elisabeth Ramos Castro.

Elisa fez uma breve pausa. Pareceu estudar as minhas reações que foram neutras. Eu não quero mostrar interesse na história que já começou a me intrigar. Elisa continuou:

--- A Sra Castro tinha um distúrbio psiquiátrico muito sério. Ela foi encontrada com uma desnutrição grave e com seu gato de estimação em seu apartamento. Ficou por vários dias sem nenhuma alimentação. O seu gato estava igualmente em condições ruins.

A história de Elisa fazia bastante sentido. Uma serva havia perdido por completo a sua capacidade de interação com outros humanos. Eu já havia ouvido relatos de casos similares e um dos meus objetivos é evitar essa situação. Elisa continuou falando:

--- Após seus cuidados médicos e recuperação parcial pudemos identificar seu alto grau de dependência em relação ao seu gato e sua quase inexistente sanidade mental. Ela rapidamente adoeceu ficando a distância de seu felino e apresentou rápida recuperação estando próxima dele, mas foram raros seus momentos de uma maior lucidez.

Eu precisava descobrir mais sobre Elisabeth para poder ajudá-la. A visitante fez uma nova pausa breve e aproveitei para um comentário de modo a não levantar suspeitas:

--- Posso encaminhar um recolhimento do animal se vocês não tiverem um destino para ele. Também tenho um veterinário disponível para emergências e acompanhamento.

--- Esse não é o caso, o felino morreu horas antes de sua dona. Na realidade a minha orientadora procedeu com testes que considerei bastante antiéticos em relação ao caso e que levou ao meu rompimento de nosso relacionamento profissional. Ela identificou que a dependência ia além de apenas psicológica. A Sra Castro tinha o seu quadro de saúde prejudicada ao ser afastada longos períodos de seu gato, mesmo estando sedada, e pode, de alguma forma desconhecida, perceber a sua proximidade mesmo estando em outra sala bem próxima totalmente isolada de visão, sons e cheiros. No final acabou por falecer algumas horas após o seu gato, um tempo muito curto para ser considerado como uma coincidência.

Ela bebeu alguns goles de seu café e depois continuou:

--- Nunca descobrimos qual tipo misterioso de ligação existia entre eles. O legista indicou uma falência múltipla dos órgãos da Sra Castro e nada foi descoberto de anormal nos corpos dela ou de seu gato. Posteriormente tive oportunidade de conversar com o legista de Roberta Alcântara Borges e perceber uma morte bastante similar com a Sra Castro.

Ela pausou, nitidamente aguardando alguma manifestação da minha parte. A médica estrava trilhando caminhos desconfortáveis para mim. Decidi apenas comentar:

--- A história é interessante, mas não vejo onde posso ajudá-la, já que em ambos os casos os animais em questão encontram-se falecidos. Também não sou médica e não tenho nenhuma formação ligada a saúde, embora entenda razoavelmente de gatos e outros animais de estimação.

O olhar de decepção da mulher podia ser facilmente percebido. Ela esperava outras informações minhas e eu não podia fornecer o que ela queria sem colocar a minha segurança em risco. Aguardei um pouco e ela se levantou e falou:

--- Nesse caso nós terminamos por enquanto. Levei quatro meses para encontrá-la e sei que você sabe mais do que está me falando. É ético lhe dizer que vou revirar esse assunto e que em algum momento vou descobrir mais. Obrigada pela sua atenção.

Elisa colocou um cartão branco com dados seus sobre a mesa e deixou a sala. Eu fiquei com a certeza que a minha segurança estava em risco. Tentei imaginar como a falecida Roberta lidaria com essa situação e temi que a sua praticidade e frieza a levariam para algum destino desagradável para Elisa. Uma fuga minha levantaria ainda mais suspeitas e quanto tempo ela levaria para me achar novamente e dessa vez não se contentaria apenas com perguntas. Eu precisava resolver a situação de uma forma definitiva.

***

A um quarteirão de casa eu já conseguia sentir a proximidade e a força dos pensamentos de Mestre Amy. Como sempre coloquei o automóvel na garagem e segui para atender as suas necessidades.

Brincamos um pouco e tentei transmitir a situação sobre a visitante inesperada para Mestre Amy. Os Mestres conseguem ler de forma bastante nítida nossos sentimentos, mas tem dificuldade com ideias e pensamentos mais complexos. Ela pôde entender mais a minha preocupação do que exatamente o motivo que a causou. Como sempre eu não esperava arrancar qualquer tipo de solução de Mestre Amy, suas preocupações eram diferentes das minhas.

Eu procuro manter a minha mente ocupada e sempre atendendo necessidades de Mestre Amy enquanto estou próxima dela, dessa forma evito de entrar em inatividade. Isso já não acontece a muito tempo e para continuar lúcida preciso que continue dessa forma.

A minha diversão com Amy foi interrompida pelo telefone e minha namorada Kelly avisou que passaria para me ver.

Eu nunca fui lésbica e antes só tinha tido relacionamentos com homens, mas algo mudou dentro de mim depois que me tornei uma serva. A afeição e carinho por mulheres aumentaram muito e da mesma forma uma rejeição ao sexo masculino. Roberta me explicou que isso ocorre com a maioria das servas. Quando cheguei na cidade conheci Kelly e em pouco tempo começamos um relacionamento discreto.

Logo Kelly estava no portão e eu fui abrir. Ainda no quintal demos um longo e caloroso beijo. Pouco depois Kelly estava brincando com Mestre Amy.

Mesmo sem saber de nada até certo ponto Kelly sofria uma influência de Amy. É impossível para um Mestre conviver com um humano, mesmo que não diariamente, sem exercer uma dominação leve. Mas não chega a ser criado um vínculo como a uma serva.

Eu estava me sentindo insegura e carente. Tinha medo dos estragos a minha vida que Elisa poderia causar. De alguma forma Kelly sentiu a minha aflição.

Nós nos beijamos muito, e afoita como sempre, Kelly arrancou as minhas roupas e degustou longamente meus seios.

Não demorou e ambas estávamos nuas e com os corpos unidos. Eu adorava sentir em minha boca o gosto da vagina de Kelly e a fiz gozar muitas vezes.

Para uma serva, o orgasmo por estimulação vaginal é muito menos prazeroso que amamentar nossos mestres. Talvez algum dia Kelly se torne uma serva. Mestre Amy ainda não teve nenhum filhote.

Dormimos juntas naquele dia e contei o episódio com Elisa para a minha namorada. Ela poderia em algum momento ser procurada eu poderia precisar de sua ajuda de alguma forma em minha defesa.

Eu tenho um carinho especial por Kelly, mesmo que não consiga amá-la como acontece com Mestre Amy. Devem existir bloqueios psicológicos que me impedem de gostar demais de outros seres humanos.

Preciso refletir mais sobre a preocupação criada com a presença de Elisa.

Continua...

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