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Bom divertimento!

quinta-feira, 27 de março de 2014

Mestre do Lar - Parte 8

Eu posso sentir o amor de Amy por mim, tanto quanto o meu por ela. É algo inteiramente diferente da época que estava com Duque. Não creio que seja o mesmo sentimento que exista em Amanda ou em Suzana, mas não tenho como saber ao certo.

A ligação mental entre Amy e eu deve estar muito forte, não sei até onde poderá aumentar, mas posso dizer que está tão ou mais forte como o elo que eu tinha com Duque.

Como Suzana me afirmou, está muito difícil conseguir deixar de entrar em transe e as vezes eu não consigo evitar. Também a liberdade de pensamentos se tornava mais difícil a cada dia. Mas eu estava igualmente correta ao afirmar que me distanciando fisicamente de Amy em alguns períodos esses sintomas são bastante diminuídos.

A nossa mudança foi finalmente agendada. Em uma reunião com Suzana e Amanda pude decidir o meu destino e resolvi retornar para a capital. Talvez fosse possível eu reaver parte da vida que tinha antes.

Alguém ligado a Amanda alugou um apartamento em meu nome e uma gorda conta bancária também foi aberta. Percebi que poderia ficar anos sem trabalhar, talvez para o resto da vida. Perguntei imediatamente sobre a fonte de tais recursos, mas elas nada souberam ou quiseram explicar.

***

Eu já estava a algumas semanas em minha nova morada. O meu lar é bastante confortável, a pessoa que o escolheu teve um bom gosto em sua decoração. Não entrei em contato com ninguém de minha antiga vida ainda.

Eu estava em um lar confortável com uma excelente conta bancária, meu próprio carro e sem precisar trabalhar. Muitos chamariam essa vida de paraíso. Eu apenas a considero a vida que estava destinada a mim.

Eu gostava muito de estar junto de Mestre Amy e de satisfazer suas necessidades. Cada vez mais eu posso entender seus pensamentos mais complexos. Porém ao seu lado não consigo mais raciocinar sobre qualquer assunto não ligado a ela e não posso evitar entrar em transe. Por isso diariamente tiro um tempo para ficar fora de casa. Já consegui perceber que posso ficar distante por nove ou dez horas antes de começar a sentir dores corporais com o fato.

Já preenchi cadastros para algumas vagas de emprego localizadas em locais próximos de onde moro. Em algum momento alguma poderá retornar com êxito.

***

Os meses se passaram. A minha vida com Mestre Amy é muito boa. Mesmo estando distante eu sei cada uma de suas necessidades e até conseguimos conversar através de palavras simples ou imagens.

Eu não consegui arrumar um emprego, mas diariamente passo algumas horas em atividades fora de casa a fim de tentar manter minha mente lúcida em parte do tempo. A influência de Mestre Amy é muito forte, mas sei que isso não é intencional.

Nós somos boas amigas e Mestre Amy sempre se preocupa em arrumar atividades onde podemos interagir e dessa forma eu não entro em transe. Estando próxima de Amy a minha mente entra em inatividade muito facilmente e não tenho nenhum controle sobre isso.

Descobrimos, com base em experiências, que podemos reativar grande parte de minha iniciativa e capacidade de decisões. Para isso de vez em quando Mestre Amy toma um sedativo simples e adormece por algumas horas. Minha mente se torna bastante livre nessa situação e esse efeito de maior liberdade dura por duas ou três semanas antes de começar a diminuir.

***

Eu estava fazendo compras no supermercado quando senti fortemente que Mestre Amy queria a minha presença. Hesitei por um momento, mas decidi deixar as mercadorias que estavam no carrinho e retornar para o meu lar. Durante o trajeto eu tentei, mas não consegui pegar mais informações com Mestre Amy.

Quando cheguei em casa ela já estava me esperando ansiosa e agitada. Suas palavras estavam chegando a minha mente de forma muito truncada e confusa e foi necessário algum tempo para que eu pudesse compreendê-la.

Dentro de uma hora receberíamos uma visita de outra serva que traria maiores informações. Não consegui mais detalhes de Mestre Amy. A solução foi aguardar a chegada de minha visita.

Dei uma arrumada rápida no apartamento e vesti uma roupa casual. Eu nunca tinha recebido a visita de outra serva e estava insegura de como deveria agir. O nervosismo de Mestre Amy me contaminava.

Não demorou e o interfone do apartamento informou a subida do visitante que logo estava em minha porta. Por enquanto eu apenas soube que seu nome é Roberta.

Abri a porta com cuidado e a impotente mulher entrou sem aguardar o meu convite. Ela devia ter algo entre quarenta e quarenta e cinco anos e uma presença bastante altiva.

A mulher beijou levemente o meu rosto muito próximo de meus lábios. Após nos apresentarmos brevemente Roberta desejou conhecer Mestre Amy que surgiu com um pouco de cautela em relação a mulher.

Com uma voz um pouco alta e grossa a mulher falou entusiasmada:

--- Você é ainda mais bela do que as imagens que Rufus me passou. Ambas são muito bonitas. Quando estarão disponíveis?

Eu fiquei bastante confusa com a pergunta. A estranha mulher mostrava uma desenvoltura que eu não podia perceber igual em Amanda ou em Suzana, as únicas servas que conheci.
A mulher percebeu a minha confusão e explicou:

--- Ambas ainda são muito jovens, acredito que Mestre Amy não pode explicar-lhe devidamente as necessidades. Nós devemos começar os preparativos para o acasalamento.

A notícia me surpreendeu bastante.

Continua…

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