A minha amiga Celeste soube daquela oferta de emprego e eu me esforcei para conseguir a vaga como faxineira. O meu ordenado seria muito maior e com isso enviar uma ajuda maior para os meus pais que moram bastante distante.
Após deixar o escritório onde ocorreu a entrevista eu queria voltar logo para a minha casa, mas o ponto de ônibus estava bastante cheio. Resolvi andar por algum tempo em busca de um lugar melhor para pegar meu transporte e me afastei para um lugar mais isolado.
Eu não consigo lembrar exatamente como fui abordada e presa, um homem fez alguma pergunta, depois lembro somente de acordar já no local.
Minha prisão não chega a ser um lugar ruim. O quarto é um pequeno cubículo de paredes brancas com uma cama, um armário simples e um espaço equivalente a um banheiro na ponta, mas sem divisão de paredes. Não havia nenhuma janela. Já estive em lugares piores.
A porta estava protegida por uma grade e além dela, até onde a minha vista alcançava, eu só conseguia enxergar um corredor extenso em ambos os lados e com uma luz fraca.
Gritei por ajuda por muito tempo e chorei muito o meu destino nessa prisão. Eu sou pobre, só podiam ter me confundido com alguém.
Uma mulher me trouxe uma refeição a qual colocou por uma abertura sob a grade da entrada. Ignorando meus berros a mulher nada disse e apenas deixou a bandeja e foi embora. Eu queria muito agredi-la para poder fugir, mas ela permaneceu afastada.
Eu podia escutar uma música irritante vinda do teto do dormitório. Parecia como as músicas clássicas que um ex-patrão escutava e eram tão ruins como.
Tenho que fugir logo. Em algum momento descobrirão que não sou a pessoa que eles querem. Tenho que ficar calma.
***
Não existe muito a fazer nesse lugar. Eu conto os dias, pelo menos sempre que acendem a luz, mas não sei realmente em que horas isso ocorre. Também conto com exatidão as minhas quatro refeições diárias. Sei que estou presa a dezesseis dias.
As vezes me trazem leite e pão e as vezes frutas no café da manhã. No almoço preferem diversificar com carne e salada. Um lanche em algum momento da tarde e mais carne e salada, as vezes uma sopa, como última refeição antes de desligarem a luz. Sempre trazidas pela mesma mulher em silêncio. Não são refeições fartas, mas melhor que muitas épocas de minha vida.
Já tentei explicar para a vagabunda que se enganaram e que eu não devia estar ali, mas ela sempre me ignorou e nunca disse uma palavra. As vezes penso que ela tem problemas mentais.
A música horrível nunca para. Em parte já me acostumei com ela um pouco e nem lembro que ela existe. Seu volume não chega a incomodar muito, na hora de dormir que a percebo mais.
No armário do quarto tem algumas roupas simples, tipo uniforme de limpeza, e vários itens de higiene pessoal. Não tenho um chuveiro, mas consigo tomar um banho improvisado e lavar as roupas na torneira da pia. Depois deixo tudo secando nas portas do armário.
Mesmo sem ter com o que me distrair procuro imaginar que estou simplesmente descansando de férias. Lembrar meu cativeiro me faz chorar e ficar desesperada. Lembro de meus pais que devem estar desesperados com o meu sumiço.
***
Sinto falta de minhas amigas para conversar. Quero sair desse lugar e ter a minha vida e minha liberdade de volta.
Eu sei que estou ficando esquecida. Não consigo mais lembrar os nomes das minhas amigas, apenas seus rostos e as vezes parece que estou esquecendo outras coisas. Deve ser a solidão e a rotina chata desse lugar.
Com frequência esqueço o que estou fazendo e parece que apenas fico parada. Difícil dizer exatamente porque não tenho um relógio, mas numa dessas paredes inundei o quarto deixando a torneira aberta por não sei quanto tempo.
Mesmo sendo ignorada já pedi um analgésico diversas vezes para a mulher da comida. Tenho muitas dores de cabeça. Fica doendo se eu fico pensando no passado, fica doendo quando templo planejar como fugir, parece que apenas para de doer quando faço atividades cotidianas sem pensar muito.
Eu me sinto anormalmente excitada muitas vezes ao dia. As vezes consigo ter orgasmos apenas pensando em algo ou alguém sem me tocar.
A música agradável me acalma e me deixa relaxada. É gostoso dormir escutando-a. Estou tão acostumada a ela que às vezes parece que a desligaram, mas ela está sempre ligada.
Eu queria poder ir embora e levar a música comigo. Seria bom compartilhar a doce música com minhas amigas.
***
Eu quero alguém para me dizer o que tenho que fazer. Eu realizo as minhas atividades e as minhas refeições, mas quero companhia. Alguém precisa me dizer o que preciso fazer. Eu imploro para a mulher da comida me dizer o que preciso fazer e como agradar, mas ela me ignora.
Meus dias continuam a passar sem um objetivo. Adotei uma rotina útil de me alimentar adequadamente, me manter limpa e ter as coisas organizadas em meu quarto. Consigo entender a passagem do tempo e saber em que momento devo efetuar cada atividade ou antecipar a chegada de cada refeição.
Preciso manter tudo em ordem para a chegada do meu momento de servir. Preciso ter paciência e aguardar quem me dirá o que tenho que fazer.
***
A mulher da comida chegou, mas estranhamente não ouço o familiar arrastar da bandeja do café da manhã. No seu lugar ouço o barulho da grade.
A minha atenção se volta para a grade. Ela está sendo aberta pela primeira vez. A mulher da comida penetra no ambiente. Tudo está organizado.
A mulher para em minha frente. Eu aguardo instruções. Eu não devo executar nenhuma tarefa ou atitude fora das minhas atividades. Ouço a voz da mulher pela primeira vez:
--- Está pronta?
Eu não preciso pensar na resposta:
--- Sim.
Não posso perceber nenhuma alteração na fisionomia da mulher da comida. Eu quero agradá-la, mas não posso perceber suas reações. Ela continua:
--- Em caso de necessidade você pode se reportar a mim como Serva 8. Você responderá a denominação de Serva 31, você entendeu?
--- Sim.
Mesmo sem expressar a mulher pareceu satisfeita. Eu tentava entender a dinâmica da situação e compreendi que aquela mulher é alguém similar ao que eu sou. Eu deveria aprender com ela, mas ela não é a pessoa diretamente a qual eu devo servir e agradar.
--- Venha comigo.
A mulher virou-se e seguiu pelo corredor. Eu me levantei apressadamente para acompanhá-la.
Andamos por um labirinto de corredores e algumas vezes passamos por outras pessoas. Eu queria fazer perguntas, mas eu devia seguir as instruções que me eram passadas e não satisfazer curiosidades minhas.
Chegamos a um luxuoso e requintado quarto. Eu percebi que alguém se encontrava na suíte anexa. A mulher disse-me apenas:
--- Você deverá servir a nossa senhora Madame Raison. Nós a servimos. Ela é a nossa dona, você compreende?
As palavras me deixaram em alerta. Eu precisava e queria muito servir a nossa senhora. Ela é o meu objetivo máximo. Eu não conseguia deixar de me sentir muito molhada e excitada. Eu respondi de forma automática:
--- Sim, eu compreendo.
A mulher não fez outros comentários e deixou o quarto fechando a porta com cuidado. Eu fiquei estática aguardando as ordens que me seriam dadas.
Esperei por alguns minutos e uma belíssima mulher deixou o banheiro penetrando no quarto. Ela usava uma luxuosa camisola preta e usava uma maquiagem leve. Olhou-me com curiosidade e falou:
--- Você é muito bonita Serva 31. Sabe quem eu sou?
--- Sim, a minha senhora Madame Raison.
A mulher sorriu e pareceu feliz. Convidou-me gentilmente para sentar sobre a cama e sentou-se próxima a mim falando:
--- Eu gosto de conhecer pessoalmente cada novo servo ou criação de nossa fazenda. Eu sou a única e absoluta senhora de nossa morada, mas existem outros os quais você deve obediência. A Serva 8 irá ensiná-la suas atividades diárias, você deve seguir as suas instruções como se estivessem sendo dadas pessoalmente por mim. Você entendeu?
--- Sim.
Cada palavra falada pela minha senhora me deixava ainda mais excitada. Estava sendo um imenso prazer serví-la. Eu queria fazer ainda mais por ela.
A Madame tocou a minha coxa desnuda e um alarme pareceu tocar em minha mente. Eu comecei a sentir repulsa com o toque, mas ao mesmo tempo minha excitação aumentou.
Ela deslizou a mão suavemente pela minha coxa até chegar a minha vagina. A minha roupa simples não tem calcinha. A mulher pareceu satisfeita quando sentiu a umidade e o calor da minha vagina.
Algo dentro de mim queria levantar e sair correndo, mas meu corpo não queria obedecer. Eu precisava servir a minha senhora.
Ela puxou o meu corpo e me fez ajoelhar em sua frente com as suas pernas abertas. Senti o cheiro do seu sexo e isso me excitou ainda mais. Ela também não usava calcinha e puxou sua camisola para me oferecer uma visão melhor.
De alguma forma eu sabia o que fazer. A minha língua tocou sua vagina. Até esse momento algo dentro de mim ainda queria parar com tudo, mas essa sensação desapareceu imediatamente.
Explorei cada saliência daquela xoxota o quanto pude. Eu queria muito dar prazer a minha senhora e esforcei-me para vê-la gozar.
Não demorou e minha senhora gemeu alto e percebi que ela tinha gozado. Afastei-me com calma aguardando novas instruções.
Que bom que pude servir a minha senhora.
Continua…
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