Alguns conteúdos presentes no blog abrangem temas que podem ser ofensivos para alguns. Prossiga por sua conta e risco.

Bom divertimento!

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Feliz Natal e um Próspero Ano Novo!

A todos os visitantes e amigos um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo.

Que no ano de 2015 o Brasil possa vencer os desafios e voltar a crescer e que novas etapas sejam vencidas na luta pela diversidade e pelo respeito a todas as opções sexuais.


O blog ficará sem atualizações no período de 24/12/2014 até 04/01/2015.
Até o ano que vem e tudo de bom para todos!

Labyrinth (81-90)

A versão texto completa dessa história pode ser lida aqui (em inglês).

Outras histórias de Homealone 447 podem ser lidas aqui ou aqui (conteúdo gratuito em inglês). Histórias gráficas podem ser visitadas aqui (conteúdo pago em inglês).











quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Criação de Animais - Parte 12 - Decisão - Final

Aprendi a rotina e o comportamento de ser uma cadela. Tudo parecia ser muito simples e tolo. Truques como sentar, rolar, buscar e entregar uma bola de borracha são terrivelmente chatos para alguém com o meu conhecimento.

Algumas vezes eu converso com a treinadora. Ela não tem conhecimento ou interesse sobre coisas que não sejam ligadas as suas funções diárias e repele qualquer contato de natureza sexual.

Até aquele momento eu não tive contato com nenhum outro humano. Queria ver novamente Madame Raison e se possível sentir de novo o sabor de sua xoxota, mas não ousei pedir por isso.

A treinadora colocou uma coleira e uma guia presa ao meu pescoço. Isso se tornou comum em meu treinamento, mas seguimos por um caminho diferente para dentro de um prédio.

Andamos por corredores e várias portas fechadas até que entramos em uma sala. A guia foi retirada, mas continuei com a coleira em meu pescoço. A treinadora passou e fechou a porta, deixando-me preocupada por um momento, até que ouvi a conhecida voz:

--- Pode se sentar, se desejar.

Olhei a minha volta com atenção. Eu estava em uma sala luxuosa com estantes de livros, um bar repleto de bebidas entre outros móveis e decorações. A pessoa atrás de uma grande mesa e apenas parcialmente no meu campo de visão é Madame Raison.

Eu não sabia exatamente como me comportar. A ideia de me levantar para sentar sobre uma poltrona não me agradou. Engatinhei para próxima da mesa para ver melhor a minha senhora. Aproximei-me em fiquei em silêncio. Ela falou:

--- Sua adaptação terminou. Você chegou ao ponto possível no seu estado atual. Sua mãe virá buscá-la e você poderá reassumir sua vida como antes. Pegue e ligue para ela:

A mulher estendeu a mão com o celular que eu tinha. Alguns adesivos mostraram que era realmente o meu celular.

Olhei o protetor de minha mão. Eu não conseguiria apertar os botões com meus dedos retidos, mas isso não me pareceu um problema. O pensamento de usar o celular me causou intensa repulsa e aversão. A mulher pareceu adivinhar meu pensamento e continuou:

--- Posso tirar as suas luvas para você digitar melhor o número de sua mãe. Se preferir pode usar o meu computador e enviar um e-mail.

Ela apontou para o computador em sua mesa. A possibilidade de ter que usá-lo me provocou náuseas. Com esforço falei:

--- Você esperava isso?

Ela pareceu adivinhar meus pensamentos e respondeu com calma:

--- Não exatamente. Não existe previsibilidade num caso único como o seu, mas sabia que seria uma possibilidade. Você está entre dois mundos e não consegue se encaixar em nenhum deles.

Eu sabia da precisão e da realidade de suas palavras. Eu não conseguiria retornar para o universo tecnológico em que vivia, mas também não vejo possibilidade de viver como uma cadela.

Uma lágrima de tristeza escorreu pelo meu rosto. Senti-me muito sozinha e sem um lugar no mundo ou alguém que realmente entendesse o que estou sentindo. Confusa perguntei:

--- Você pode reverter a minha condição de cadela e me fazer voltar a ser o que era antes?

--- Não. Já tentamos drogas de reativação de memórias e mudanças em condicionamentos, mas nada funcionou muito bem. No seu caso você tem suas memórias. Posso tentar mudar o seu condicionamento para um outro tipo de escravo, mas não condicioná-la a voltar a ser um humano. Mesmo assim não recomendo, já passamos muito do limite de segurança para fazê-la uma cadela, é imprevisível o que ocorrerá para torná-la outro tipo de escravo.

Mesmo temendo a resposta perguntei:

--- Então qual é a solução para o meu caso?

Ela suspirou e respondeu:

--- Eu vejo duas possibilidades e a decisão final é sua. Você poderá viver como está hoje. Talvez, com o tempo, recupere parte do prazer que tem em trabalhar em suas máquinas. Sua mãe sabe que você não é uma cadela normal e já autorizou e apoiará a sua escolha nesse sentido.

A ideia não me agradou minimamente. Talvez, com esforço, eu conseguisse mexer em um celular ou um computador como antes, mas não acho que terei prazer ou satisfação com isso. Eu não tinha grandes outros interesses antes para recuperar ou tentar agora.

--- E qual é a outra escolha?

Com um novo suspiro ela prosseguiu:

--- Retornar ao tratamento. Sem resistência você poderá se tornar uma cadela como qualquer outra. Não terá lembranças ou memória de sua vida atual ou passada, será como os cães que conheceu. Felizes em seu mundo simples. Voltará para o seu lar como uma escrava cadela, a primeira desse tipo de sua mãe. Você pode pensar alguns dias antes de decidir.

A possibilidade de retornar para o desinteressante treinamento me desmotivou de imediato. Eu já não posso mais aguentar essa vida na minha situação atual. Num impulso perguntei:

--- Quanto tempo em minha cela para me transformar completamente em uma cadela?

--- Vou ter que usar um nível alto e perigoso como nos seus últimos dias para ter efeito. Sem a sua resistência serão cinco ou seis dias. Mas na metade disso você já não lembrará muitas coisas. Só tem que manter a sua mente o mais calma e livre de pensamentos que for possível.

Tentei imaginas outras possibilidades. Talvez ela estivesse mentindo e esse fosse o plano real. Eu sentia a sinceridade da mulher e não pude pensar em outras opções. A minha vida como Amanda havia terminado. Poderia insistir numa existência infeliz, mas não senti desejo por isso. Com voz fraca e triste falei a minha decisão:

--- Eu voltarei para o condicionamento e não vou mais opor resistência. Essa é a minha escolha.

Madame Raison pareceu feliz e aliviada. Eu devo ter sido um problema imenso para ela, mas isso não importa mais.

A porta abriu e a treinadora voltou com a minha guia. Madame Raison passou algumas instruções para ela e logo estávamos novamente no corredor.

Logo eu estava novamente fechada em minha cela. Rapidamente percebi a chata música de fundo e me acomodei para relaxar sobre a minha cama.

Espero que esse martírio termine em breve. Não vejo a hora de deixar a minha vida mais simples e quem sabe mais feliz. Quero ser uma completa cadela!

Fim…

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Labyrinth (71-80)

A versão texto completa dessa história pode ser lida aqui (em inglês).

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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Criação de Animais - Parte 11 - Desafio e Resistência

Madame Raison foi honesta comigo. Aos poucos a dor de cabeça voltou na mesma intensidade que eu mantenho a minha mente trabalhando. No começo foi apenas uma dor incômoda, mas cresceu. A dor desaparece se eu mantiver meus pensamentos vazios e retorna forte quanto mais tento trabalhar minha mente.

Eu pouco saio da minha cama, geralmente apenas para pegar a minha comida. Toda a minha força está voltada para resistir. Sei que estou desmaiando com a dor ou adormecendo de exaustão, mas resistirei enquanto tiver uma consciência.

Minha mãe ordenará a parada do processo ou estou decidida a sofrer os danos irreparáveis dos quais fui ameaçada. Acho que minha vida terminou.

Assustei quando senti o toque suave em meu braço. Abri os olhos em pânico para ver Madame Raison abaixada ao meu lado. Ela tocou a minha cabeça com delicadeza e falou:

--- Fique calma. Felizmente sua mãe autorizou o encerramento do tratamento. Não sei como você pode aguentar tanto.

Percebi que a dor de cabeça havia praticamente desaparecido e acredito que continuo a ser quem eu era. Tento refazer linhas de lembranças sem resistência, mas como saber se a minha memória é verdadeira.

A proximidade da mulher me excita e muito. Lembro-me de Clara e penso se é assim que ela se sentia quando estava comigo.

Meu impulso é lamber a mão da mulher e não tento resistir e pratico esse ato. Não me importo de fazer isso, agora que a dor de cabeça está sumindo.

Tentei falar, mas apenas emiti um chiado incompreensível. Já estou a muito tempo sem levar. Com ainda mais força a voz se liberta e sai fraca:

--- Eu ainda sou eu?

--- Surpreendemente sim, pelo menos até certo. Sua memória de longo prazo provavelmente foi comprometida. Você é uma escrava e é parcialmente uma cadela. Você é a primeira que consegue falar. Porque resistiu tanto?

--- Eu prefiro ser um vegetal do que uma estúpida.

A resposta sincera tirou um sorriso rápido daquele rosto sério.

Madame Raison tirou objetos de uma maleta. Ela percebeu a minha apreensão. Acho que ela não estava acostumada com uma cadela inteligente. Com calma falou:

--- Vou proteger as suas mãos e os joelhos para você não se machucar. Não vou te fazer mal.

Com movimentos lentos e me mostrando cada objeto ela arrumou umas espécies de protetores em minhas mãos, pés e joelhos. Essas proteções eram confortáveis, mas firmes.

Ela terminou e se dirigiu para a porta de ferro. Deixou ela bastante aberta e falou:

--- Pode sair quando estiver pronta. Seu tratamento terminou. Acho que você deve querer um banho.

Ela seguiu pelo corredor e me deixou sozinha. Eu nem conseguia acreditar. Eu não podia deixar de suspeitar que fosse algum tipo de armadilha para conseguir a minha completa transformação.

Com cautela segui engatinhando para a entrada aberta. Os protetores funcionavam muito bem. Pensei em levantar e ficar em pé, mas é uma posição tão desconfortável que abandonei logo a ideia.

O corredor na parte de fora do meu quarto é estreito, extenso e fracamente iluminado. Ao longe eu consegui enxergar uma porta entreaberta.

Mesmo com medo prossegui pelo corredor e empurrei a porta. A luz forte do Sol me cegou por um momento. Pouco depois consegui enxergar uma mulher desconhecida em pé jogando bolas de borracha para três cachorros humanos.

Aproximei-me com cautela. Percebi que eram dois machos e uma fêmea como eu. Nossos corpos nus me intimidou um pouco, me senti muito exposta. Senti grande repulsa pelos cães machos. Definitivamente a minha opção sexual foi alterada.

Ao reparar a minha aproximação a mulher encaminhou com pressa os três animais para dentro de um cercado e os isolou de onde nós estávamos. Fui curioso assistir o comportamento canino e os latidos daquelas pessoas. Depois ela se aproximou com calma e disse de forma devagar:

--- Você é Amanda. Madame Raison me passou informações a seu respeito. Eu sou Laura, sou responsável pelo treinamento dos cães. Você me compreende?

O olhar foi a primeira indicação. Eu estava diante de uma escrava. Como tal ela estava limitada as suas ordens e funções. Eu estava sozinha a muito tempo e carente de companhias e conversas. Respondi:

--- Sim, sou eu. O que exatamente você me treinará?

Ela estava pensativa. Acho que ela não estava acostumada a responder uma pergunta de um cão, já que eles não falam. Depois falou:

--- Os cães comuns não tem memória de sua vida passada. Eles tem que viver com cães mais antigos para copiar e aprender seu comportamento. Eu ensino truques simples como sentar e deitar e a compreender palavras e ordens mais básicas. No seu caso eu não sei como será, já que você tem recordações anormais. Você já compreende as minhas palavras e não precisa aprender truques básicos.

Eu pensei um pouco. Quanto antes eu receber algum tipo de liberação ou aprovação dessa mulher antes eu retornarei para o meu lar.

Observei um pouco a treinadora. Ela não é uma escrava sexual como Clara. Seus movimentos são mais rudes e diretos, ela não faz nenhuma postura que possa indicar sexualidade. É algum tipo de escravo diferente. Decidi tentar levar ela para um procedimento comum. Com isso perguntei:

--- Se eu fosse uma cadela comum, como você procederia?

Ela pensou um pouco novamente, mas depois disse:

--- Inicialmente não estaríamos conversando, pois você não poderia falar. Também eu não teria a isolado dos outros cães, mas Madame Raison informou que você recebeu um condicionamento um pouco diferente e sentirá rejeição por um macho.

Refletindo perguntei:

--- Como é para os outros cachorros? Eles não rejeitam o sexo oposto ou o mesmo?

--- Quase sempre os cães são condicionados com bissexualidade, não rejeitarão nenhum sexo. As vezes o futuro proprietário faz o pedido de especificações especiais, esse provavelmente é o seu caso.

A minha mãe odeia homens e não perdeu a oportunidade de me tornar homossexual. Talvez isso possa ser desfeito no futuro. Com humildade falei:

--- Entendi. E depois?

--- Eu deixaria você junto com os cães por algum tempo. É bastante provável que ocorressem relações sexuais. Depois daria um bom banho em você e aos poucos começaria a rotina diária com lazer e treinamentos. A absorção dos comportamentos caninos é muito rápida, já a resposta ao aprendizado varia um pouco de cão para cão.

A treinadora está com uma postura mais pedindo permissão para as coisas do que obrigando-me a algo, mas sei que isso pode mudar a qualquer momento. Pode ser apenas parte da estratégia para o objetivo de Madame Raison. Resolvi continuar com o plano de seguir para a normalidade e falei:

--- Você se importaria se eu tomasse um banho antes? Depois eu gostaria de uma aproximação dos outros cães como você está acostumada.

Seguimos para uma das extremidades do pátio. Lá a treinadora tirou os meus protetores, abriu uma mangueira de água e com delicadeza começou a molhar o meu cabelo e meu corpo com uma água morna e agradável.

O toque das mãos da mulher sobre o meu corpo mexeu bastante comigo. Senti um desejo extremo por uma relação sexual, mas a habilidosa mulher limpou meus cabelos e meu corpo com uma espécie de sabonete líquido com agilidade e maestria. Passou a mão por minhas partes íntimas, mas evitou forma direta permitir qualquer intimidade maior. O ato me fez pensar que talvez a escrava não tenha qualquer função sexual.

No final ela secou e penteou os meus cabelos e perfumou o meu corpo com líquidos que eu não conhecia. Ela se retirou e pouco depois os outros animais apareceram soltos e aparentando curiosidade a meu respeito.

Os animais estavam curiosos para me cheirar e lamber. Latiam como cães e suas fisionomias não mostravam em nada que eles um dia já foram humanos.

Os machos exibiam pintos de volume considerável balançando entre suas pernas. Antes provavelmente eu me interessaria, mas atualmente só consigo sentir nojo e repulsa por eles. Já adorei a cadela e tive que resistir a tentação de tentar relações com ela. Isso só foi possível porque ela se manteve mais distante e menos curiosa a meu respeito que os machos.

Perdendo um pouco do interesse nos cães e longe da visão da treinadora e de qualquer outra pessoa resolvi explorar um pouco o ambiente do pátio. Haviam dormitórios de teto para vários cachorros com camas simples e algumas cocheiras com água abundante. Brinquedos como bolas e ossos de couro estavam espalhados em alguns pontos do pátio, mas todas as portas se encontravam fechadas. Não arrisquei me levantar para tentar abrir alguma maçaneta e verificar se estavam trancadas, mas creio que sim. Mesmo os cachorros podem aprender a abrir uma porta.

Eu estava distraída quando senti os braços fortes segurando a minha cintura. O reflexo fez com que eu tentasse me soltar e olhasse para o meu agressor. Um dos cachorros estava me segurando.

Eu pensei imediatamente em gritar pela ajuda da treinadora, mas não cumpri o ato. Um cão normal não faria isso e quanto antes eu pudesse provar uma normalidade eu poderia ganhar a minha liberdade.

Tentei engatinhar para mais longe e afastar o cão, mas ele é mais forte e me segurou com força. Com habilidade montou em minhas costas e tentou e rapidamte conseguiu um encaixe em minha vagina.

A repulsa por aquele ser é indescritível, mas me mantenho firme e calada. Lágrimas escorreram de meus olhos.

As estocadas em minha bunda e a penetração em minha xoxota prosseguiram um pouco, até que depois de algum tempo o cão uivou alto e me senti invadida pelo esperma daquele ser que me soltou e se afastou correndo.

Senti-me muito triste, mas satisfeita por ter enfrentado o meu primeiro desafio como uma cadela. Preciso aguentar pela minha liberdade.

Continua…

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Labyrinth (61-70)

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quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Criação de Animais - Parte 10 - Nova

Eu estava cochilando quando o ruído carrinho de comida me despertou. Eu pude sentir o seu cheiro, apesar de estar fora do meu campo de visão.

Eu gosto de receber a minha comida. Acho que é único prazer que me restou. Eu tento adivinhar o que seria servido pelo cheiro. As vezes não consigo lembrar o nome do que estão me servindo, mas posso recordar bem seus cheiros e seus sabores.

Estou ansiosa pela minha comida e pela visão da minha carcereira. Seu olhar calmo e generoso me deixa feliz. Queria ter mais tempo em sua companhia.

Já faz algum tempo que não uso minhas roupas. Elas se tornaram velhas e mal cheirosas e não consigo mais usá-las.

Em solidão aprecio a degustação e os sabores do meu alimento. Me distraio com suas texturas e cores interessantes. Também gosto de relaxar ouvindo a música ambiente e os sons distantes.

Quero mais espaço e mais companhia, mas só me resta aguardar a próxima visita com o meu alimento.

***

O meu local de dormir foi removido numa noite enquanto eu dormia e uma cama mais baixa e confortável, com muitos panos gostosos, foi deixada no lugar. Também o local de minhas necessidades mudou e ficou muito mais prático.

Eu tenho dor nas costas quando tento ficar na vertical, por isso prefiro permanecer ajoelhado e me movimentar engatinhando. Também acho mais confortável comer no chão que tentar ficar sentada.

Eu queria poder sair para correr e brincar. Aqui parece tão apertado.

Sinto que falta algo. Como se tivesse perdido algo e não consigo achar, mas também não consigo lembrar o que possa ser.

***

Acordei com alguém sentado ao meu lado: uma mulher. Meu primeiro sentimento é de medo, mas eu sinto que a conheço de algum lugar.

Ela toca a minha cabeça com delicadeza. A sensação é bastante agradável e seu toque muito prazeroso me excita.

Eu posso sentir seu delicioso cheiro, diferente da serviçal que tinha um odor menos agradável. A sua companhia me deixa bastante confortável.

Por instinto e involuntariamente lambi a sua mão com carinho. Eu queria sentir o gosto de sua pele e o ato me trouxe ainda mais conforto e e excitação.

Eu pude ouvir a sua voz e as suas palavras doces. É difícil entender muitas palavras em sequência e não consigo me concentrar para tentar entender.

Ela retira algo de sua bolsa e um livro cai sobre o piso. Posso ver as letras estampadas em sua capa, embora não possa compreendê-las.

A mulher trata rapidamente de guardá-lo, mas o objeto trás com força lembranças em minha mente. Uma gigantesca cascata de relacionamentos do meu passado ligado aos livros populam a minha mente.

A dor de cabeça insuportável explode quase me fazendo cair. Luto contra as minhas costas que parecem querer arrebentar e me levanto. A mulher está visivelmente surpresa. Com um esforço surreal falei:

--- O que… você fez comigo?

Tenho medo que a dor de cabeça me derrube. Preciso lutar contra ela para manter as lembranças dentro de mim. A cada segundo novas lembranças turbinam meus pensamentos.

A dor e náuseas me obrigam a abaixar novamente. Eu sei que aquela mulher alterou algo dentro de mim. Não estou com mais memória ou maior capacidade de concentração que antes, pelo contrário, tentar manter a minha consciência está sendo um trabalho bastante sofrido.

--- Você não deveria estar falando. Não sei como não está pronta para a adaptação.

Eu não sabia do que ela falava, mas tenho certeza que ela não está executando o plano combinado. Juntando forças ameacei:

--- A minha mãe vai querer saber o que você me fez.

A mulher sorriu e disse:

--- Ela sempre foi informada de sua evolução. Ela se cansou de suas teimosias rebelbes, mas não deseja você como uma nova escrava sexual. Ela pediu a sua transformação em uma escrava cadela.

A informação me chocou ao mesmo tempo que me deixou ainda mais em alerta. Os nossos desentendimentos e as nossas diferenças de opinião são históricas, mas nunca imaginei que minha mãe autorizaria a minha anulação.

A mulher abriu suas pernas. Sua saia sem calcinhas exibiu a sua vagina praticamente raspada. Eu não sou lésbica ou bissexual e nunca me interessei por uma xoxota alheia, mas aquela visão prendeu o meu olhar e me fascinou imediatamente. Eu conseguia sentir o cheiro exalado por aquele sexo.

Eu não consegui resistir. Eu preciso com todas as minhas forças sentir o seu sexo. Com ansiedade o meu rosto penetrou no meio de suas pernas.

Eu nunca fiz sexo oral em outra garota, mas de forma irresistível eu precisei lamber e sentir cada parte daquela xoxota.

A mulher se ajeitou melhor sobre a minha cama e eu pude explorar ainda mais a sua xoxota, até o ponto que a fiz gozar em uma explosão de gemidos e contrações. Saber que a mulher teve orgasmos, mesmo sem me tocar, me proporcionou uma série interminável de múltiplos orgasmos.

Ambas ficamos imóveis por algum tempo. Eu me sentia exausta, mas muito feliz. Logo senti a mulher se mover na cama e depois sua voz disse:

--- Madame Borgon, estou com a sua filha agora. Ela ainda mantém a sua memória, ou ao menos parte dela, intacta. Ela já passou todos os limites aqui, a prorrogação no tratamento poderá causar danos irreversíveis.

Levantei-me um pouco e olhei para a mulher com curiosidade. A lembrança de quem ela era e do que eu estava fazendo naquele lugar se tornou nítida. Madame Raison desligou o celular e me olhou com atenção. Levantou-se com calma e deixou o meu quarto, tomando cuidado de fechar o portão de ferro.

Voltei a me acomodar sobre a minha cama para relaxar mais e pensar sobre o que estava acontecendo. Quanto mais eu estava forçando os meus pensamentos mais pareceram que a dor de cabeça estava me deixando. As palavras que eu poderia sofrer dano permanente com o processo me amedrontaram.

***

Eu pude contar seis longos dias onde mantenho a minha mente em atividade o quanto posso. Entre outras coisas eu penso nos problemas tecnológicos que já enfrentei, analiso as soluções adotadas e reflito se foram as mais adequadas.

Improvisei roupas simples com os panos que tenho para cobrir as minhas partes íntimas. Eu tinha perdido qualquer senso de vergonha, mas a recuperação das minhas memórias recuperou também os pudores perdidos.

Eu não consigo ficar em posição ereta por muito tempo. De alguma forma meu organismo quer que eu fique na posição horizontal.

Não recebi mais visitas de Madame Raison, apenas da escrava entregadora de comida. Para evitar me sentir tão sozinha acabo falando sozinha como se estivesse com uma companhia amiga.

Eu estava perdida em pensamentos e me assustei quando percebi Madame Raison parada junto a grade. Com nervosismo falei:

--- Pronta para me libertar?

Ela demorou um pouco. Seu olhar indicava que ela se encontrava contrariada. Um momento depois respondeu:

--- Você precisa ceder ou eu não poderei ajudá-la. Você está mantendo uma alta atividade cerebral que está gerando uma resistência ao processo, mas não poderá manter isso para sempre.
Com firmeza falei:

--- Em algum momento você ou a minha mãe cederá. Ela não permitirá que eu sofra danos. Eu não vou virar uma cadela.

--- Eu não sei, sua mãe me confirmou hoje a continuação do seu tratamento. Para passar por suas barreiras terei que ordenar um aumento para níveis que nunca foram usados, sua mente não vai suportar. As dores de cabeça retornarão muito piores do que antes. Outros sintomas são imprevisíveis.

--- Como eu disse, não serei uma cadela.

Ela se calou por um momento demonstrando irritação. Depois disse:

--- Você já absorveu demais para imaginar retornar para a sua vida anterior. Tem dificuldades para permanecer em pé e não consegue resistir a uma vagina. Estar próxima de uma mulher basta para excitá-la. Se parar de resistir voltará rapidamente a situação de cadela e com o aumento de nível isso irá acontecer.
Com decisão falei:

--- Pode fritar a minha cabeça, mas eu não vou virar uma cadela estúpida.

Madame Raison expressou um olhar de tristeza. Eu teria ficado comovida, se ela não estivesse tentando me converter para uma escrava irracional.

Ela se retirou calmamente, ao mesmo tempo em que eu pude ouvir o ruído do carrinho de alimentação se aproximando.

Eu tomei uma decisão, espero aguentar as suas consequencias…

Continua…