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Bom divertimento!

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Mestre do Lar - Parte 15

Nosso carro seguia por aquelas rústicas estradas de terra e entradas de fazendas. Um local muito mais isolado do que eu me sentia confortável.

Chegamos a um portão de madeira rústica protegendo uma propriedade, cercada de alambrado e árvores de cerca viva. Não podíamos enxergar dentro dela, mas eu já conseguia sentir a presença de dois outros mestres.

Usando suas chaves Paula abriu o portão e nos indicou para entrar com o carro. Já do portão conseguíamos ver uma casa ao fundo com um outro carro estacionado na frente.

Paramos ao lado do carro e olhei a casa e a propriedade com mais calma. Os jardins estavam mal cuidados e a casa precisando de uma pintura e provavelmente de uma reforma.

Paula estacionou ao lado, ao mesmo tempo em que outra mulher sem roupas deixou a casa caminhando em nossa direção.

A mulher estranha olhou com apreensão para Mestre Amy que estava no colo de Elisa. Deveria estar estranhando a nossa presença, já que a lógica indicava a chegada de apenas uma mulher. Com uma voz impessoal disse:

--- Eu não esperava a visita de um Mestre. Qual de vocês é Laura Amy?

Com educação eu saudei a nossa anfitriã e apresentei Elisa. A mulher também se apresentou como sendo Flora Abgail e nos convidou a entrar.

Ela se mostrou mais educada, comunicativa e expressiva que Paula. Enquanto entrávamos na casa ela falou:

--- Eu fiquei muito feliz quando Suzana Duque comentou sobre uma outra serva em busca de um filhote. Paula queria pegar alguém na cidade, mas o ato me deixou pouco confortável. Essa residência pertence a Paula.

Aquele lugar isolado mostrou o quanto Paula estava afastada do mundo. Ela provavelmente saia pouco e apenas se necessário para comprar alimentos.

O interior da casa se revelou simples e funcional, como eu esperava. Nada de vasos, quadros ou qualquer espécie de enfeites. Alguns brinquedos para gatos estavam visíveis.

Mestre Amy estava ansiosa para encontrar seus iguais e se agitou no colo de Elisa que a soltou ao chão.
Mestre Gor, o macho, se aproximou de nós com cuidado. Ele sabia que eu era uma serva e a presença de três mestres, três servas e mais uma mulher numa mesma casa devia ser motivo para curiosidade.

Eu senti o desconforto da nova influência. Os mestres machos sempre tentam exercer dominância sobre as servas das mestras fêmeas.

Precisei sentar e Elisa perguntou se eu estava bem. Tremendo um pouco falei:

--- Eu estou sofrendo influência de Mestre Gor, não se preocupe.

Já fazia muito tempo que eu não era forçada por um mestre e minha cabeça começou a doer. A minha ligação com Mestre Gor é muito fraca e demorei um pouco a compreender as suas intenções.

Com a rapidez que pude tirei as minhas roupas e deitei ao chão, sob o olhar curioso de Elisa. Mestre Gor se aproximou satisfeito pela minha obediência e colocou a sua boca sobre um de meus seios, sugando meu leite com desejo.

Meu sentimento de repulsa não importava naquele momento. A minha vagina tornou-se rapidamente muito molhada e ondas de prazer intenso me invadiram. Perdi o controle sobre o meu corpo e comecei a me masturbar.

Eu me sentia exausta após uma série de orgasmos seguidos. Por algum tempo esqueci de tudo. Elisa e Flora me ajudaram a sentar sobre o sofá.

A minha recepção estava realizada.

***

Fomos acomodadas num mesmo quarto. Eu fiquei com a única cama e Elisa se instalou em um colchão no chão.

Como eu imaginava a casa não contava com qualquer opção de laser ou distração humana. Existiam alguns livros perdidos e revistas antigas, mas não havia uma televisão, um aparelho de som ou um computador. Eu trouxe um tablet, mas não consegui sinal de Internet naquele local isolado.

Elisa não precisava, mas decidiu permanecer sem roupas como nós estávamos. Comentou que seria melhor ir se acostumando.

Elisa e eu retornávamos uma uma caminhada para conhecer os jardins e os limites da propriedade. Elisa achou estranho quando entramos na sala e nos deparamos com as duas mulheres estáticas e de olhar perdido e comentou:

--- Isso é o que você tinha me contato sobre inatividade.

Com um suspiro triste falei:

--- Sim, infelizmente. É um dos nossos grandes desafios. Nossas mentes meio que param quando os mestres não estão precisando de nada. Por isso é tão importante ter atividades que nos afastem temporariamente de nossos mestres. Também, como te contei, a cada uma ou duas semanas Mestre Amy fica sedada por algumas horas, isso revitaliza muito a minha mente.

Pensativa ela perguntou:

--- Isso acontecerá comigo?

Demorei um pouco a responder. É uma verdade incômoda. Uma realidade que eu quero mudar, para aquelas que desejam uma vida mais normal. Com relutância respondi:

--- Sim, mas eu vou ajudá-la. Eu consigo evitar e você vai conseguir também.

***

O pequeno filhote nasceu dois dias depois. Uma bela fêmea com pelugem mais escura que a de seus pais. Flora a chamou de Vedita. Elisa ficou muito feliz em servir uma fêmea.

Eu podia sentir a felicidade em Mestre Amy. Talvez se considerasse uma espécie de tia da nova mestre.
A noite eu estava arrumando a louça da janta e pensando onde estava Elisa. Não havia muitas atividades diferentes para fazer e eu pensava em ir para a cidade comprar uma televisão, mas não sabia como seria a recepção dos canais no lugar. Percebi a entrada de Paula e Flora na cozinha e a parada delas próxima a mim. Paula falou:

--- Precisamos conversar. A sua presença é dispensável agora.

Larguei imediatamente a louça em dúvida. Já fazia uns trinta minutos que eu não via Elisa e por um momento fiquei em terror, mas eu sabia que Mestre Vedita precisava dela e elas não a machucariam.

Enxuguei a mão e as encarei com firmeza, escondendo a preocupação que sentia. Queria procurar logo Elisa e saber se estava tudo bem. Com voz decidida falei:

--- Eu achei que esse assunto já fosse passado. Quando chegar a hora Elisa irá embora daqui em minha companhia e fica por minha conta estabelecê-la onde bem entender. Onde está Elisa?
Paula falou:

--- Eu a sedei, ela dorme tranquilamente, será mais fácil assim. Você está em minha casa e seguirá as minhas regras. Elisa se tornará uma serva a nossa maneira. Você deve ir embora.

Uma pressão leve começou em minha cabeça. Eu sabia que estava vindo de um dos mestres e pedi ajuda de Amy. Enfrentando a dor falei em voz alta:

--- Eu não vou sair daqui sem a minha amiga. Porque você insiste nisso?

--- Sua presença aqui é ilógica. São muitos mestres reunidos em pouco espaço e isso é prejudicial.

Lembrei que Suzana um dia tinha me falado isso e Roberta em outra oportunidade me confirmou que mais de um mestre não pode viver próximos muito tempo, mas ela nunca testou esses limites.

Senti a forte defesa de Amy e a pressão em minha cabeça diminuir. Eu precisava convencer Paula ou a minha presença poderia realmente ficar inviável. Tentei argumentar:

--- Eu irei embora se a situação assim o exigir. Isso é satisfatório?

Alarmada ouvi uma briga de felinos próxima e senti a forte dor como se meu peito estivesse sendo rasgado. Eu soube imediatamente que Amy estava ferida.

Empurrei as servas e corri em direção aos sons dos felinos. Chegando a sala encontrei Mestre Amy estirada ao chão e com um aranhão profundo em seu torax.

Eu não consegui pensar em nada que não fosse uma fuga. Carinhosamente, mas com pressa, peguei Amy em meus braços para protegê-la. A minha bolsa estava próxima, onde estavam meus documentos e a chave do carro.

Em segundos eu estava no carro deixando a casa. Paula tinha sido rápida e estava abrindo o portão, o que permitiu a minha passagem com o carro. Somente algum tempo depois, já na estrada em direção a capital, consegui raciocinar novamente e pensar em Elisa.

Não posso abandoná-la, mas Mestre Amy precisa de cuidados urgentes.

Continua...

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