Alguns conteúdos presentes no blog abrangem temas que podem ser ofensivos para alguns. Prossiga por sua conta e risco.

Bom divertimento!

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Mestre do Lar - Parte 11

Acordei num susto imenso. Eu estava sozinha naquele pequeno cômodo deitada sobre um colchão fino.

Toquei o meu corpo e verifiquei as minhas roupas. Aparentemente eu não havia sido estuprada ou machucada de alguma forma.

Meu celular havia desaparecido, dessa forma não pude descobrir a quanto tempo me encontrava presa naquele cômodo.

Sentei-me para poder ver mais. O piso e as paredes eram feitas de azulejos como um banheiro. Não havia janelas e a única porta estava fechada. A forte luz provinha de uma lâmpada única no teto baixo protegida por uma cúpula de vidro. Fechando o ambiente estava uma privada e uma pia.

Eu sou uma policial e nessas horas o treinamento precisa prevalecer. Eu precisava manter a calma e não entrar em desespero. Precisava conseguir analisar friamente a situação. Eu estava na garagem do shopping quando senti a dor da entrada de uma agulha em meu pescoço e a rápida perda de forças do meu corpo. Não houve tempo nem para gritar.

Levantei-me com calma para perceber um pouco mais do ambiente. O ar era úmido, mas havia uma corrente de ar fraca junto ao teto passando por algumas grades de ferro com orifícios pequenos.

As paredes azulejadas eram aparentemente fortes, num exame rápido não pude perceber nenhuma parte oca ou mais frágil. A porta é de madeira maciça, pesada e forte, com uma espécie de divisão ou portinhola na parte de baixo.

Aparentemente me querem viva para algum objetivo. Não sou nem de longe rica e moro com meus pais em um apartamento alugado, dinheiro não é esse objetivo. Também ainda não tenho grandes feitos na minha atividade profissional como policial, improvável se tratar de alguma vingança pessoal.

Gritei algumas vezes perguntando se existia alguém me escutando, mas apenas obtive o eco de minhas palavras como resposta e depois completo silêncio. Eu não podia escutar nada vindo do exterior.

Somente posso aguardar que meus captores revelem as suas intenções e rezar pelo melhor. Uma tentativa imediata de fuga é impossível.

***

Eu desperto mais uma vez apenas para olhar para a luz forte e sentir o meu estômago reclamando com muita fome. Não passo sede pois posso tomar livremente água na torneira do cômodo.

Não sei a quantos dias estou aqui. O tempo parece não passar nunca. Não tenho como saber a hora ou medir o tempo. Tenho medo de morrer.

Novamente clamo por ajuda em vão, sem obter qualquer resposta. Só consigo ouvir o som de minha voz e mais nada. Tenho medo de enlouquecer.

Não tenho nada para fazer a não ser me perder em meus pensamentos. Tento não chorar, mas as vezes é mais forte do que eu.

O que querem de mim?

***

Acordo com um inesperado ruído similar ao fechamento de uma gaveta de madeira. Preciso acostumar meus olhos com a luz antes de poder enxergar o que aconteceu. Será que finalmente meus captores resolveram se revelar antes de me matar de inanição.

Posso ver a portinhola inferior da porta entreaberta. Com curiosidade junto as minhas forças e me arrasto para verificar.

É impossível expressar meu sentimento de felicidade ao ver e sentir o cheiro daquele prato de comida. Na refeição estava arroz, feijão, um filé e legumes picados. Sem dar atenção aos talheres de plástico comi tudo apressadamente e com as mãos mesmo. Nada era mais importante que saciar a minha intensa fome.

Senti-me satisfeita e comi até o último grão de arroz. Não sei quando me servirão uma próxima refeição. Olhei para o copo com um líquido branco e experimentei de leve, apenas para confirmar que se tratava de leite puro. Preferi deixar para tomar depois, pois meu estômago já estava doendo com a quantidade e a velocidade da refeição que eu acabara de devorar.

***

Acredito que mais alguns dias se passaram. Serviram outras refeições similares, mas creio que em intervalos longos, pois eu sentia bastante fome na maior parte do tempo e pude perceber que emagreci um pouco.

Eu estava sentada e perdida nos meus pensamentos quando ouvi o barulho de arrastar característico da portinhola. Já me preparei para receber a minha refeição como das outras vezes quando percebi algo novo.

No interior da “gaveta” estava um filhotinho de gato com pelugem clara amarelada e manchas mais escuras. Seus olhinhos claros pareciam querer me pedir alguma coisa.

Recolhi o pequenino no colo tentando imaginar o que significaria aquilo. Que sentido poderia existir em me deixarem isolada e sozinha por dias, me fazerem passar fome, para agora colocarem um gatinho preso comigo. Eu sempre gostei de animais, embora nunca tenha tido um gato. Seria bom ter a sua companhia.

As horas se passaram e eu me distrai bastante com o pequeno animal que gostava de brincar. Resolvi chamar o gato de Fred, mesmo nome de um cachorro que tive quando criança.

***

Mais dias se passaram. Nada teria mudado se não fossem as minhas refeições com uma frequência maior. Acho que até voltei a ganhar peso.

Eu divido as minhas refeições com o pequeno Fred, que sempre devora o meu copo de leite com bastante apetite.

Fred tem um olhar bastante penetrante e é sempre muito dócil e carinhoso. Eu gosto de conversar com ele. Acho que sem a sua companhia eu já teria ficado louca.

Meu único contato com o mundo exterior é a alimentação que recebo. Nunca fui capaz de escutar outra voz ou sons diferentes. A minha pele está se tornando mais pálida, minhas unhas feias, meu cabelo duro e o máximo que consigo me limpar é com a água da torneira, mas não tenho um sabonete ou qualquer cosmético.

Já imaginei muitas possibilidades dos motivos de me manterem em cativeiro, mas nunca consegui chegar a uma definição que faça sentido.

As vezes grito em desespero, deixando Fred um pouco assustado, mas tenho esperança de que alguém possa ouvir o meu desespero e vir me libertar. Infelizmente só consigo ouvir os ecos de minha voz.

***

Fred cresceu um pouco, ficou mais forte e mais agitado. Seus olhos se tornaram ainda mais penetrantes e chamativos, as vezes fico um longo período apenas a contemplá-los. Também gosto muito e sinto uma energia muito positiva ao tocá-lo.

Nossa alimentação melhorou muito em variedade e quantidade e até alguns brinquedos de gato e algumas revistas antigas foram enviadas pela portinhola. Infelizmente todas as revistas eram números antigos com datas de meses anteriores a minha captura, o que não permite qualquer pista sobre a data atual.

A minha pele se tornou ainda mais pálida e tenho receio de ficar doente. Eu nunca fui dessas pessoas que gosta de ficar nua em casa por longos períodos, mas nos últimos tempos as minhas roupas passaram a me incomodar e eu prefiro ficar sem elas.

Eu nunca fui de me masturbar e tive poucos namorados na vida, mas tenho me sentido excitada com alguma frequência e as vezes aproveito quando Fred está dormindo para um prazer solitário. A primeira vez temi que existisse uma câmera escondida no cômodo, depois nem mais pensei sobre isso.

Porque será que ainda me mantêm em cativeiro? Já nem mais acredito que exista realmente um motivo. Se não fossem as alimentações que me servem eu diria que fui esquecida nesse quarto.

***

Eu sei que estou ficando louca, mas a cada dia acho que isso se torna menos importante. Eu posso sentir como se Fred estivesse em minha mente dividindo parte dela comigo. As vezes também parece que posso saber se Fred está com fome ou se ele está alegre ou com vontade de brincar.

Às vezes parece que a minha mente desliga enquanto estou acordada. É como se isso me ajudasse a relaxar e há passar o tempo, como dormir permanecendo acordada.

Talvez eu esteja com algum problema de saúde. Meus seios começaram a dar leite. No começo apenas um pequeno filete quase insignificante, hoje com um pouco mais de abundância. Fred tentou por mais de uma vez mordiscar meu mamilo tentando sorver desse leite, mas eu evidentemente impedi esse ato nada higiênico. O problema é que pararam de enviar leite no copo para o cômodo e Fred deve estar sentindo falta dele.

Não consigo mais usar roupas, prefiro permanecer pelada. Roupas são muito incômodas para a minha pele.

***

Eu sei o que Fred está em minha mente, posso senti-lo e também perceber suas necessidades e desejos.
Fred quer leite, eu sei disso. Não quero dar meu leite para ele, mas não consigo mais resistir. Posso ler em seus olhos a ordem de deitar e ficar imóvel e não posso mais fugir de obedecê-lo.

Eu estou imóvel e Fred desajeitadamente mordisca levemente os meus peitos e logo consegue sugá-los. No começo eu estava assustada, mas rapidamente passei a ficar excitada e a sentir prazer.

Fred ficou saciado e eu não consegui evitar praticar uma deliciosa masturbação. A cada movimento meu ondas fortes de prazer me invadiam. Atingi o orgasmo várias vezes como nunca antes.

Eu sinto que estou vivendo em função das necessidades de Fred. Meus pensamentos parecem parar quando não sinto que ele precisa de algo.

Posso sentir outra presença, diferente, quase escondida, mas exalando uma força interior imensa que me causa desconforto. Não sei quem ou o que é, mas ela está lá.

A porta está sendo destrancada. Felizmente alguém está vindo me ajudar.

Continua…

Nenhum comentário:

Postar um comentário