Alguns conteúdos presentes no blog abrangem temas que podem ser ofensivos para alguns. Prossiga por sua conta e risco.
Bom divertimento!
sexta-feira, 30 de maio de 2014
quinta-feira, 29 de maio de 2014
terça-feira, 27 de maio de 2014
segunda-feira, 26 de maio de 2014
sexta-feira, 23 de maio de 2014
quinta-feira, 22 de maio de 2014
quarta-feira, 21 de maio de 2014
Mestre do Lar - Parte 11
Acordei num susto imenso. Eu estava sozinha naquele pequeno cômodo deitada sobre um colchão fino.
Toquei o meu corpo e verifiquei as minhas roupas. Aparentemente eu não havia sido estuprada ou machucada de alguma forma.
Meu celular havia desaparecido, dessa forma não pude descobrir a quanto tempo me encontrava presa naquele cômodo.
Sentei-me para poder ver mais. O piso e as paredes eram feitas de azulejos como um banheiro. Não havia janelas e a única porta estava fechada. A forte luz provinha de uma lâmpada única no teto baixo protegida por uma cúpula de vidro. Fechando o ambiente estava uma privada e uma pia.
Eu sou uma policial e nessas horas o treinamento precisa prevalecer. Eu precisava manter a calma e não entrar em desespero. Precisava conseguir analisar friamente a situação. Eu estava na garagem do shopping quando senti a dor da entrada de uma agulha em meu pescoço e a rápida perda de forças do meu corpo. Não houve tempo nem para gritar.
Levantei-me com calma para perceber um pouco mais do ambiente. O ar era úmido, mas havia uma corrente de ar fraca junto ao teto passando por algumas grades de ferro com orifícios pequenos.
As paredes azulejadas eram aparentemente fortes, num exame rápido não pude perceber nenhuma parte oca ou mais frágil. A porta é de madeira maciça, pesada e forte, com uma espécie de divisão ou portinhola na parte de baixo.
Aparentemente me querem viva para algum objetivo. Não sou nem de longe rica e moro com meus pais em um apartamento alugado, dinheiro não é esse objetivo. Também ainda não tenho grandes feitos na minha atividade profissional como policial, improvável se tratar de alguma vingança pessoal.
Gritei algumas vezes perguntando se existia alguém me escutando, mas apenas obtive o eco de minhas palavras como resposta e depois completo silêncio. Eu não podia escutar nada vindo do exterior.
Somente posso aguardar que meus captores revelem as suas intenções e rezar pelo melhor. Uma tentativa imediata de fuga é impossível.
***
Eu desperto mais uma vez apenas para olhar para a luz forte e sentir o meu estômago reclamando com muita fome. Não passo sede pois posso tomar livremente água na torneira do cômodo.
Não sei a quantos dias estou aqui. O tempo parece não passar nunca. Não tenho como saber a hora ou medir o tempo. Tenho medo de morrer.
Novamente clamo por ajuda em vão, sem obter qualquer resposta. Só consigo ouvir o som de minha voz e mais nada. Tenho medo de enlouquecer.
Não tenho nada para fazer a não ser me perder em meus pensamentos. Tento não chorar, mas as vezes é mais forte do que eu.
O que querem de mim?
***
Acordo com um inesperado ruído similar ao fechamento de uma gaveta de madeira. Preciso acostumar meus olhos com a luz antes de poder enxergar o que aconteceu. Será que finalmente meus captores resolveram se revelar antes de me matar de inanição.
Posso ver a portinhola inferior da porta entreaberta. Com curiosidade junto as minhas forças e me arrasto para verificar.
É impossível expressar meu sentimento de felicidade ao ver e sentir o cheiro daquele prato de comida. Na refeição estava arroz, feijão, um filé e legumes picados. Sem dar atenção aos talheres de plástico comi tudo apressadamente e com as mãos mesmo. Nada era mais importante que saciar a minha intensa fome.
Senti-me satisfeita e comi até o último grão de arroz. Não sei quando me servirão uma próxima refeição. Olhei para o copo com um líquido branco e experimentei de leve, apenas para confirmar que se tratava de leite puro. Preferi deixar para tomar depois, pois meu estômago já estava doendo com a quantidade e a velocidade da refeição que eu acabara de devorar.
***
Acredito que mais alguns dias se passaram. Serviram outras refeições similares, mas creio que em intervalos longos, pois eu sentia bastante fome na maior parte do tempo e pude perceber que emagreci um pouco.
Eu estava sentada e perdida nos meus pensamentos quando ouvi o barulho de arrastar característico da portinhola. Já me preparei para receber a minha refeição como das outras vezes quando percebi algo novo.
No interior da “gaveta” estava um filhotinho de gato com pelugem clara amarelada e manchas mais escuras. Seus olhinhos claros pareciam querer me pedir alguma coisa.
Recolhi o pequenino no colo tentando imaginar o que significaria aquilo. Que sentido poderia existir em me deixarem isolada e sozinha por dias, me fazerem passar fome, para agora colocarem um gatinho preso comigo. Eu sempre gostei de animais, embora nunca tenha tido um gato. Seria bom ter a sua companhia.
As horas se passaram e eu me distrai bastante com o pequeno animal que gostava de brincar. Resolvi chamar o gato de Fred, mesmo nome de um cachorro que tive quando criança.
***
Mais dias se passaram. Nada teria mudado se não fossem as minhas refeições com uma frequência maior. Acho que até voltei a ganhar peso.
Eu divido as minhas refeições com o pequeno Fred, que sempre devora o meu copo de leite com bastante apetite.
Fred tem um olhar bastante penetrante e é sempre muito dócil e carinhoso. Eu gosto de conversar com ele. Acho que sem a sua companhia eu já teria ficado louca.
Meu único contato com o mundo exterior é a alimentação que recebo. Nunca fui capaz de escutar outra voz ou sons diferentes. A minha pele está se tornando mais pálida, minhas unhas feias, meu cabelo duro e o máximo que consigo me limpar é com a água da torneira, mas não tenho um sabonete ou qualquer cosmético.
Já imaginei muitas possibilidades dos motivos de me manterem em cativeiro, mas nunca consegui chegar a uma definição que faça sentido.
As vezes grito em desespero, deixando Fred um pouco assustado, mas tenho esperança de que alguém possa ouvir o meu desespero e vir me libertar. Infelizmente só consigo ouvir os ecos de minha voz.
***
Fred cresceu um pouco, ficou mais forte e mais agitado. Seus olhos se tornaram ainda mais penetrantes e chamativos, as vezes fico um longo período apenas a contemplá-los. Também gosto muito e sinto uma energia muito positiva ao tocá-lo.
Nossa alimentação melhorou muito em variedade e quantidade e até alguns brinquedos de gato e algumas revistas antigas foram enviadas pela portinhola. Infelizmente todas as revistas eram números antigos com datas de meses anteriores a minha captura, o que não permite qualquer pista sobre a data atual.
A minha pele se tornou ainda mais pálida e tenho receio de ficar doente. Eu nunca fui dessas pessoas que gosta de ficar nua em casa por longos períodos, mas nos últimos tempos as minhas roupas passaram a me incomodar e eu prefiro ficar sem elas.
Eu nunca fui de me masturbar e tive poucos namorados na vida, mas tenho me sentido excitada com alguma frequência e as vezes aproveito quando Fred está dormindo para um prazer solitário. A primeira vez temi que existisse uma câmera escondida no cômodo, depois nem mais pensei sobre isso.
Porque será que ainda me mantêm em cativeiro? Já nem mais acredito que exista realmente um motivo. Se não fossem as alimentações que me servem eu diria que fui esquecida nesse quarto.
***
Eu sei que estou ficando louca, mas a cada dia acho que isso se torna menos importante. Eu posso sentir como se Fred estivesse em minha mente dividindo parte dela comigo. As vezes também parece que posso saber se Fred está com fome ou se ele está alegre ou com vontade de brincar.
Às vezes parece que a minha mente desliga enquanto estou acordada. É como se isso me ajudasse a relaxar e há passar o tempo, como dormir permanecendo acordada.
Talvez eu esteja com algum problema de saúde. Meus seios começaram a dar leite. No começo apenas um pequeno filete quase insignificante, hoje com um pouco mais de abundância. Fred tentou por mais de uma vez mordiscar meu mamilo tentando sorver desse leite, mas eu evidentemente impedi esse ato nada higiênico. O problema é que pararam de enviar leite no copo para o cômodo e Fred deve estar sentindo falta dele.
Não consigo mais usar roupas, prefiro permanecer pelada. Roupas são muito incômodas para a minha pele.
***
Eu sei o que Fred está em minha mente, posso senti-lo e também perceber suas necessidades e desejos.
Fred quer leite, eu sei disso. Não quero dar meu leite para ele, mas não consigo mais resistir. Posso ler em seus olhos a ordem de deitar e ficar imóvel e não posso mais fugir de obedecê-lo.
Eu estou imóvel e Fred desajeitadamente mordisca levemente os meus peitos e logo consegue sugá-los. No começo eu estava assustada, mas rapidamente passei a ficar excitada e a sentir prazer.
Fred ficou saciado e eu não consegui evitar praticar uma deliciosa masturbação. A cada movimento meu ondas fortes de prazer me invadiam. Atingi o orgasmo várias vezes como nunca antes.
Eu sinto que estou vivendo em função das necessidades de Fred. Meus pensamentos parecem parar quando não sinto que ele precisa de algo.
Posso sentir outra presença, diferente, quase escondida, mas exalando uma força interior imensa que me causa desconforto. Não sei quem ou o que é, mas ela está lá.
A porta está sendo destrancada. Felizmente alguém está vindo me ajudar.
Continua…
Toquei o meu corpo e verifiquei as minhas roupas. Aparentemente eu não havia sido estuprada ou machucada de alguma forma.
Meu celular havia desaparecido, dessa forma não pude descobrir a quanto tempo me encontrava presa naquele cômodo.
Sentei-me para poder ver mais. O piso e as paredes eram feitas de azulejos como um banheiro. Não havia janelas e a única porta estava fechada. A forte luz provinha de uma lâmpada única no teto baixo protegida por uma cúpula de vidro. Fechando o ambiente estava uma privada e uma pia.
Eu sou uma policial e nessas horas o treinamento precisa prevalecer. Eu precisava manter a calma e não entrar em desespero. Precisava conseguir analisar friamente a situação. Eu estava na garagem do shopping quando senti a dor da entrada de uma agulha em meu pescoço e a rápida perda de forças do meu corpo. Não houve tempo nem para gritar.
Levantei-me com calma para perceber um pouco mais do ambiente. O ar era úmido, mas havia uma corrente de ar fraca junto ao teto passando por algumas grades de ferro com orifícios pequenos.
As paredes azulejadas eram aparentemente fortes, num exame rápido não pude perceber nenhuma parte oca ou mais frágil. A porta é de madeira maciça, pesada e forte, com uma espécie de divisão ou portinhola na parte de baixo.
Aparentemente me querem viva para algum objetivo. Não sou nem de longe rica e moro com meus pais em um apartamento alugado, dinheiro não é esse objetivo. Também ainda não tenho grandes feitos na minha atividade profissional como policial, improvável se tratar de alguma vingança pessoal.
Gritei algumas vezes perguntando se existia alguém me escutando, mas apenas obtive o eco de minhas palavras como resposta e depois completo silêncio. Eu não podia escutar nada vindo do exterior.
Somente posso aguardar que meus captores revelem as suas intenções e rezar pelo melhor. Uma tentativa imediata de fuga é impossível.
***
Eu desperto mais uma vez apenas para olhar para a luz forte e sentir o meu estômago reclamando com muita fome. Não passo sede pois posso tomar livremente água na torneira do cômodo.
Não sei a quantos dias estou aqui. O tempo parece não passar nunca. Não tenho como saber a hora ou medir o tempo. Tenho medo de morrer.
Novamente clamo por ajuda em vão, sem obter qualquer resposta. Só consigo ouvir o som de minha voz e mais nada. Tenho medo de enlouquecer.
Não tenho nada para fazer a não ser me perder em meus pensamentos. Tento não chorar, mas as vezes é mais forte do que eu.
O que querem de mim?
***
Acordo com um inesperado ruído similar ao fechamento de uma gaveta de madeira. Preciso acostumar meus olhos com a luz antes de poder enxergar o que aconteceu. Será que finalmente meus captores resolveram se revelar antes de me matar de inanição.
Posso ver a portinhola inferior da porta entreaberta. Com curiosidade junto as minhas forças e me arrasto para verificar.
É impossível expressar meu sentimento de felicidade ao ver e sentir o cheiro daquele prato de comida. Na refeição estava arroz, feijão, um filé e legumes picados. Sem dar atenção aos talheres de plástico comi tudo apressadamente e com as mãos mesmo. Nada era mais importante que saciar a minha intensa fome.
Senti-me satisfeita e comi até o último grão de arroz. Não sei quando me servirão uma próxima refeição. Olhei para o copo com um líquido branco e experimentei de leve, apenas para confirmar que se tratava de leite puro. Preferi deixar para tomar depois, pois meu estômago já estava doendo com a quantidade e a velocidade da refeição que eu acabara de devorar.
***
Acredito que mais alguns dias se passaram. Serviram outras refeições similares, mas creio que em intervalos longos, pois eu sentia bastante fome na maior parte do tempo e pude perceber que emagreci um pouco.
Eu estava sentada e perdida nos meus pensamentos quando ouvi o barulho de arrastar característico da portinhola. Já me preparei para receber a minha refeição como das outras vezes quando percebi algo novo.
No interior da “gaveta” estava um filhotinho de gato com pelugem clara amarelada e manchas mais escuras. Seus olhinhos claros pareciam querer me pedir alguma coisa.
Recolhi o pequenino no colo tentando imaginar o que significaria aquilo. Que sentido poderia existir em me deixarem isolada e sozinha por dias, me fazerem passar fome, para agora colocarem um gatinho preso comigo. Eu sempre gostei de animais, embora nunca tenha tido um gato. Seria bom ter a sua companhia.
As horas se passaram e eu me distrai bastante com o pequeno animal que gostava de brincar. Resolvi chamar o gato de Fred, mesmo nome de um cachorro que tive quando criança.
***
Mais dias se passaram. Nada teria mudado se não fossem as minhas refeições com uma frequência maior. Acho que até voltei a ganhar peso.
Eu divido as minhas refeições com o pequeno Fred, que sempre devora o meu copo de leite com bastante apetite.
Fred tem um olhar bastante penetrante e é sempre muito dócil e carinhoso. Eu gosto de conversar com ele. Acho que sem a sua companhia eu já teria ficado louca.
Meu único contato com o mundo exterior é a alimentação que recebo. Nunca fui capaz de escutar outra voz ou sons diferentes. A minha pele está se tornando mais pálida, minhas unhas feias, meu cabelo duro e o máximo que consigo me limpar é com a água da torneira, mas não tenho um sabonete ou qualquer cosmético.
Já imaginei muitas possibilidades dos motivos de me manterem em cativeiro, mas nunca consegui chegar a uma definição que faça sentido.
As vezes grito em desespero, deixando Fred um pouco assustado, mas tenho esperança de que alguém possa ouvir o meu desespero e vir me libertar. Infelizmente só consigo ouvir os ecos de minha voz.
***
Fred cresceu um pouco, ficou mais forte e mais agitado. Seus olhos se tornaram ainda mais penetrantes e chamativos, as vezes fico um longo período apenas a contemplá-los. Também gosto muito e sinto uma energia muito positiva ao tocá-lo.
Nossa alimentação melhorou muito em variedade e quantidade e até alguns brinquedos de gato e algumas revistas antigas foram enviadas pela portinhola. Infelizmente todas as revistas eram números antigos com datas de meses anteriores a minha captura, o que não permite qualquer pista sobre a data atual.
A minha pele se tornou ainda mais pálida e tenho receio de ficar doente. Eu nunca fui dessas pessoas que gosta de ficar nua em casa por longos períodos, mas nos últimos tempos as minhas roupas passaram a me incomodar e eu prefiro ficar sem elas.
Eu nunca fui de me masturbar e tive poucos namorados na vida, mas tenho me sentido excitada com alguma frequência e as vezes aproveito quando Fred está dormindo para um prazer solitário. A primeira vez temi que existisse uma câmera escondida no cômodo, depois nem mais pensei sobre isso.
Porque será que ainda me mantêm em cativeiro? Já nem mais acredito que exista realmente um motivo. Se não fossem as alimentações que me servem eu diria que fui esquecida nesse quarto.
***
Eu sei que estou ficando louca, mas a cada dia acho que isso se torna menos importante. Eu posso sentir como se Fred estivesse em minha mente dividindo parte dela comigo. As vezes também parece que posso saber se Fred está com fome ou se ele está alegre ou com vontade de brincar.
Às vezes parece que a minha mente desliga enquanto estou acordada. É como se isso me ajudasse a relaxar e há passar o tempo, como dormir permanecendo acordada.
Talvez eu esteja com algum problema de saúde. Meus seios começaram a dar leite. No começo apenas um pequeno filete quase insignificante, hoje com um pouco mais de abundância. Fred tentou por mais de uma vez mordiscar meu mamilo tentando sorver desse leite, mas eu evidentemente impedi esse ato nada higiênico. O problema é que pararam de enviar leite no copo para o cômodo e Fred deve estar sentindo falta dele.
Não consigo mais usar roupas, prefiro permanecer pelada. Roupas são muito incômodas para a minha pele.
***
Eu sei o que Fred está em minha mente, posso senti-lo e também perceber suas necessidades e desejos.
Fred quer leite, eu sei disso. Não quero dar meu leite para ele, mas não consigo mais resistir. Posso ler em seus olhos a ordem de deitar e ficar imóvel e não posso mais fugir de obedecê-lo.
Eu estou imóvel e Fred desajeitadamente mordisca levemente os meus peitos e logo consegue sugá-los. No começo eu estava assustada, mas rapidamente passei a ficar excitada e a sentir prazer.
Fred ficou saciado e eu não consegui evitar praticar uma deliciosa masturbação. A cada movimento meu ondas fortes de prazer me invadiam. Atingi o orgasmo várias vezes como nunca antes.
Eu sinto que estou vivendo em função das necessidades de Fred. Meus pensamentos parecem parar quando não sinto que ele precisa de algo.
Posso sentir outra presença, diferente, quase escondida, mas exalando uma força interior imensa que me causa desconforto. Não sei quem ou o que é, mas ela está lá.
A porta está sendo destrancada. Felizmente alguém está vindo me ajudar.
Continua…
terça-feira, 20 de maio de 2014
Herd (81-90)
segunda-feira, 19 de maio de 2014
quinta-feira, 15 de maio de 2014
terça-feira, 13 de maio de 2014
Herd (71-80)
segunda-feira, 12 de maio de 2014
sexta-feira, 9 de maio de 2014
quinta-feira, 8 de maio de 2014
Mestre do Lar - Parte 10
Acordei e deixei a residência de Mestre Rufus logo cedo. Eu queria me afastar de tudo, tentar esquecer a minha vida de servidão. Mesmo afastada fisicamente a presença de Mestre Amy em minha mente é forte.
Cheguei no apartamento vazio e parei um pouco sentada no sofá para descansar e pensar. A distância deixa meu raciocínio mais claro.
Mestre Amy tornou-se fria e malvada. De alguma forma eu preciso conseguir me afastar ou vou acabar tornando-me totalmente um robô sem desejos como são Amanda e Suzana. A simples ideia de um afastamento em minha mente me deixa nervosa e insegura, provavelmente resultado de condicionamentos da minha mente.
Vou ouvir música para tentar relaxar e fazer novos planos. Comprei uma garrafa de whisky, se necessário for eu bebo ela inteira para conseguir relaxar.
***
Já se passaram quase oito horas e ainda estou no meu apartamento em solidão. Posso sentir Mestre Amy pressionando cada parte da minha mente com desejos, somente muito álcool e não conseguir ficar em pé por falta de equilíbrio ainda estão me mantendo afastada.
Meu corpo está doendo e está quente, acho que estou com febre, mas decidi que prefiro morrer a retornar.
Bebo mais alguns goles que descem rasgando pela minha garganta. Preciso segurar sem vomitar. Preciso manter meu corpo incapacitado ou não terei forças para aguentar e permanecer distante.
***
Alguém segura a minha cabeça e me serve uma bebida horrível. Reconheço o café forte e sem açúcar. Minha cabeça doe bastante e sinto que tudo está girando.
A luz machuca um pouco os meus olhos e prefiro ficar imóvel mais um pouco e juntar as minhas forças. Eu ainda estou viva e posso sentir que Mestre Amy e Mestre Rufus estão próximos. Meu plano fracassou.
Abro os olhos e levanto um pouco até onde consigo. Meu estômago está péssimo. Eu ainda estou na sala do meu apartamento. Posso ver Roberta se aproximando com um copo de água. Ela fala com uma voz mais suave que a habitual:
--- Você chegou ao seu limite. Não sei por mais quanto tempo teria sobrevivido se eu não tivesse chegado. Você realmente queria morrer. Beba isso. Não é um sedativo, é apenas para ajudar na ressaca.
Ela estendeu a mão com uma pílula branca que eu consumi juntamente com a água para matar a minha sede. Eu sabia que Mestre Amy poderia me forçar a tomar qualquer coisa se desejasse. Fazendo força para as palavras saírem falei:
--- Sim, e cedo ou tarde eu vou conseguir ou me transformarei num robô tentando.
Ela aguardou a minha recuperação e depois de algumas horas estávamos novamente retornando para a sua casa. Eu acabei ficando sem meu carro que permaneceu no apartamento.
***
Levei três dias para o meu estômago e fígado se recuperarem do meu consumo exagerado de álcool. Nesse período Roberta foi simpática e cuidou bastante de mim, fazendo sopas e me ajudando com necessidades de Mestre Amy. Ela me manteve sob constante vigilância e sempre próxima dos mestres. O trauma da relação sexual forçada era muito forte em minhas memórias.
Eu já me sentia muito mais forte quando Roberta veio ao meu quarto, fechou a porta e falou:
--- Está na hora de conversarmos. Poderemos conversar com privacidade, Mestre Amy e Mestre Rufus estão sedados, ficarão desacordados por algum tempo.
Eu senti a minha mente bastante livre, Roberta estava falando a verdade. Com isso só existia a mulher para evitar uma possível fuga minha. Ela continuou falando:
--- Ainda com a ideia de morrer?
Respondi com visível repugnância:
--- Sim, e em algum momento vou conseguir. Não posso ficar o resto da vida aqui.
Ela sentou-se com calma. Parecia mais serena que a Roberta que um dia me estuprou. Falou com voz calma:
--- Talvez em algum momento você consiga executar seus planos e eu posso não conseguir efetuar um resgate, mas talvez você tenha uma alternativa. Quer ouvir?
Eu tinha suspeitas se Mestre Amy poderia sobreviver a minha morte e a conversa estava aumentando essas suspeitas. Eu tinha mais medo de me tornar um robô obediente que simplesmente morrer e perguntei:
--- Mestre Amy morrerá depois da minha morte, estou correta?
Ela ficou perplexa e silêncio com a minha afirmação e depois continuou:
--- Sim, já vi o fato acontecer algumas vezes em meus vinte anos de servidão. Eu suspeito que após uma ligação permanente ser realizada mestre e escrava são inseparáveis, isso torna os mestres igualmente dependentes como nós somos.
--- Se é importante salvar a minha vida, então porque você precisou sedar aos mestres?
--- Porque você sentiria a sua mente mais livre para uma conversa sincera e sem filtros e acho que seria mais sincera. Mas não espere um raciocínio tão lógico dos mestres, no fundo eles são inseguros, egoístas e teimosos. Essa insegurança faz com eles cada vez mais anulem a mente dos escravos, como você já teve a oportunidade de presenciar. O problema é que no longo prazo a serva perderá completamente sua capacidade de pensar e interagir com outros humanos. Com isso em algum momento mestre e escrava morrerão de fome ou sairão para o mundo exterior sem condições de comunicação com as pessoas, o que acabará resultando em morte no final.
As palavras dela faziam sentido quando confrontadas com os conhecimentos que eu tinha ou que suspeitava. Nessa situação deveriam ter poucos anciões vivos, que fica correto com o que Roberta já comentou. Perguntei diretamente:
--- Então posso explicar a verdade a Mestre Amy para que ela interrompa a anulação da minha mente.
Roberto fez um olhar de reprovação e um gesto de negação com a cabeça enquanto respondeu:
--- Não é tão simples. Essas informações são complexas, eu já tentei algo assim, mas não sei se os mestres não compreendem, não acreditam ou não querem abrir mão de seu controle. Mestre Amy terá que sentir que você é mais útil mantida com os pensamentos mais livres do que anulada. Ela tem que acreditar nisso, ou cada vez mais você se tornará o que você chama de robô.
Eu acreditei nas palavras de Roberta. Tudo fazia mais sentido que antes. Claro que Mestre Amy poderia der de alguma forma alterada as minhas memórias ou algo similar, mas isso é algo impossível de eu comprovar. Sentindo-me mais aliviada perguntei:
--- Você conseguiu?
Sorrindo ela respondeu:
--- Sim, mas você é uma das poucas até hoje que eu estou confiante que também conseguirá. Se isso acontecer, em alguns anos poderá assumir o meu papel na organização e apoio a outras famílias de mestres e servas. Você terá que descobrir o como sozinha. Quer saber de algo mais?
As informações haviam sido muito ricas. Havia esperança para uma vida de certo grau de autonomia. Fiz a minha última pergunta:
--- De onde veem os mestres? Qual a origem deles?
Ela ficou em silêncio. Pareceu relembrar o passado e depois respondeu:
--- Não sei. Quando jovem tive contato com uma mulher mais velha, serva de um ancião, foi ela que me ligou a Mestre Rufus e depois me passou a experiência e ensinamentos que te relatei. Já tive contato com muitos mestres e servas, mas não sei essa resposta. Não creio que eles mesmos saibam.
Ela se levantou, seguiu até a porta e com uma voz mais alta e antipática disse:
--- Essa conversa nunca existiu. Se em algum momento eu lhe passei a impressão de que somos amigas, me desculpe, isso não é verdade. Se você for capaz de vencer os obstáculos e mantiver a sua sanidade, um advogado irá procurá-la com o meu inventário, se isso não acontecer, não importa, ou você morreu ou se transformou num robô. Boa sorte e curta seu tempo com os mestres inativos. As portas da casa estão abertas.
Ela deixou o quarto e eu fiquei sozinha e com os pensamentos agitados. De alguma forma ela sabia que eu não desistiria da nova esperança surgida. Eu teria que vencer Mestre Amy.
Continua...
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