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Bom divertimento!

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Criação de Animais - Parte 6 - Nova Escrava

Já fazia dois dias que eu me encontrava sozinha na minha suíte-prisão. Acordei sem roupas em uma luxuosa cama de casal e sentindo um gostoso cheiro de perfume floral no ar.

A suíte era luxuosa. Eu me perdia na imensa e confortável cama king size. No armário estavam algumas roupas casuais, calçados e pijamas. Tudo bastante feminino. O quarto também estava repleto de espelhos e com uma penteadeira rica em cosméticos. No piso estavam espalhados muitos tapetes felpudos e almofadas. O rosa era uma cor bastante predominante em tudo.

O banheiro também era bastante luxuoso contendo uma grande banheira, espelhos e muitos outros cosméticos.

Tentei me lembrar de como viera parar naquele lugar. Eu moro com três amigas. Todas somos modelos fotográficas. Nenhuma de nós é famosa ainda, mas pretendo ser um dia. Lembro-me de deitar em minha cama como todos os dias para acordar nesse lugar.

No primeiro dia acho que chorei e gritei pela minha libertação por horas. Eu não sou rica e o meu sequestro só podia ser considerado algum engano.

Não existem janelas em minha prisão, mas eu posso diferenciar o dia da noite através de uma fileira de tijolos de vidro em uma das paredes.

As minhas alimentações são servidas através de uma portinhola em um gabinete. Quando a companhia toca eu posso olhar que minha refeição está servida. Eles me servem várias refeições por dia contendo saladas, grelhados, lanches, sobremesas e outros. Para beber sempre tem algum suco ou leite. Eles sempre mandam pratos e talheres de plástico, acho que temem que eu possa usar um objeto de metal como arma.

Durante todo o tempo eu posso escutar uma música orquestrada baixa e cansativa, sempre no mesmo ritmo incômodo. Gostaria de ouvir outros tipos de músicas mais agitadas.

Em uma das paredes está embutida uma grande tela de televisão, mas a mesma permanece desligada. Gostaria que a ligassem, assim eu teria pelo menos alguma distração.

Na falta do que fazer troco de roupa, faço cabelo e maquiagem e tomo banho de espuma na banheira inúmeras vezes por dia. É uma forma de fazer o tempo passar.

Em algum momento descobrirão o erro e me libertarão. Não tenho nada para oferecer a ninguém. Quero voltar logo para as minhas amigas e a minha carreira.

***

Acordo com a companhia tocando e percebo que já é dia. A rotina está me desesperando. Já cansei de repetir as mesmas atividades e nada de novo ou diferente acontece. Já perdi a conta das diferentes montagens no cabelo que executei, das cores que pintei minhas unhas e das muitas maquiagens diferentes que já fiz.

Levantei com lentidão e abri o gabinete para verificar o que haviam me deixado. No geral são as minhas refeições, mas as vezes me deixam roupas novas e limpas. As roupas sujas eu coloco na portinhola do gabinete e depois de um tempo elas desaparecem.

Tenho dores de cabeça de vez em quando. As vezes fica difícil pensar. Já gritei várias vezes por um remédio, mas nunca fui ouvida.

Eu odeio a rotina. Quero fazer algo diferente, mas o máximo que consigo é correr e pular no limitado espaço dentro da prisão. Sinto muita falta de alguém para conversar.

Escutar a agradável música me acalma, e prestando a atenção nela as vezes perco a noção da passagem do tempo. Tenho a impressão de as vezes escutar palavras na música.

Eu fico excitada a maior parte do tempo, mesmo não querendo isso. As vezes estou tão molhada que fluídos escorrem pelas minhas pernas. De vez em quando acabo cedendo a tentação e me masturbo por várias vezes seguidas, mas parece que nunca fico completamente satisfeita.

Quero a minha vida de volta. Essa rotina está me deixando maluca.

***

Sou despertada do meu relaxamento por um som vindo da porta. Tento lembrar se já escutei tal ruído, mas não consigo ter certeza.

A porta é vagarosamente aberta. Tento lembrar se esse fato já aconteceu e não consigo. Tenho a impressão que em algum momento foi importante deixar o meu quarto, mas isso me parece tão sem sentido.

Uma bonita garota com uma fisionomia triste penetra no quarto, fecha a porta e se dirige em minha direção.
Eu sinto falta de uma companhia e quero falar, mas de algum modo sei que preciso aguardar e obedecer. A garota se aproximou e parou próxima a mim. A sua presença estava me deixando sexualmente excitada. Ela me observou por um instante breve e depois falou:

--- Qual é o seu nome?

A pergunta me surpreendeu, mas senti que precisava me esforçar para agradar a minha visitante. Mas não consegui me lembrar de qualquer informação a esse respeito. Devo ter apresentado uma expressão triste, pois a garota abriu um sorriso breve e disse:

--- Não se preocupe se você não lembrar. Meu nome é Sara, me informaram que devo chamá-la de Clara, você me entende?

---Sim.

A garota sentou-se ao meu lado e tocou o meu cabelo e meu rosto. O nosso cruzar de olhares de deixava desconcertada. Meu corpo reagia a sua presença de forma estranha.

A minha visitante aproximou o seu rosto e seus lábios tocaram carinhosamente os meus ao mesmo tempo em que ela me abraçava. Uma parte minha queria corresponder o toque daqueles lábios macios, mas uma forte dor de cabeça surgiu, juntamente com lembranças que eu achava que já não tinha mais.

Empurrei a garota para longe com a força que pude. Meus braços tremiam e a dor na cabeça estava quase insuportável. Gritei com força:

--- Meu nome não é Clara! Eu quero ir embora!

As lembranças recuperadas povoaram a minha mente. Parecia que todas as pessoas importantes que eu tinha esquecido estavam me chamando ao mesmo tempo. Eu precisava fugir imediatamente ou essas lembranças poderiam desaparecer novamente.

Sem olhar para a minha visitante corri para a porta, mas a mesma se encontrava trancada. Comecei a entrar em pânico e falei para a Sara:

--- Abra essa porta!

A garota permaneceu calma, embora eu pudesse ler a surpresa em seu olhar. Falou apenas com uma voz impessoal:

--- Eu não posso fazer isso, mas fique calma, tudo acabará em um instante.

Forcei a porta algumas vezes sem sucesso e comecei a sentir um cheiro perfumado diferente. Rapidamente meu corpo ficou pesado e tive que sentar no chão para não cair. Percebi que de alguma forma estavam me sedando pelo ar.

Eu precisava ir embora se quisesse continuar sendo eu mesma. Quero a minha vida de volta.

Continua…

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